Desempenho mostra fortalecimento da economia mineira, com aumento de 19,4% na receita e 2,2% no volume em relação a 2020
O agronegócio mineiro segue trazendo bons resultados para a economia de Minas Gerais. Nos quatro primeiros meses do ano, o estado já atingiu a sua melhor marca nas exportações desde 1997 – quando foi iniciada a série histórica –, com US$ 3,01 bilhões em receita e um volume de 3,46 milhões de toneladas embarcadas ao exterior.
Em relação ao mesmo período de 2020, o crescimento foi de 19,4% na receita e de 2,2% no volume. De acordo com a assessora técnica da Superintendência de Inovação e Economia Agropecuária (Siea) da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Manoela Teixeira de Oliveira, o aumento do preço de algumas commodities foi um dos fatores que levaram a esse resultado, com um preço médio de US$ 872,87 a tonelada.
“Os produtos mineiros foram enviados para 155 destinos diferentes, entre eles: China (23%), Estados Unidos (12%), Alemanha (11%), Bélgica (5%) e Japão (5%). Os principais produtos da pauta exportadora mineira foram café (49%), complexo soja (22%), carnes (10%), complexo sucroalcooleiro (7%) e produtos florestais (6%)”, detalha Manoela.
Café
Com quase metade das exportações do agronegócio mineiro, o café registrou receita de US$ 1,47 bilhão e volume de 10,6 milhões de sacas. “Mais uma vez o café é destaque. O valor alcançou o 2º melhor resultado desde 2011 e, em relação ao volume, o 2º melhor desde 2014”, pontua a assessora técnica da Seapa.
Na comparação com o mesmo quadrimestre de 2020, o incremento nas exportações do café foi de 22% na receita e 24% no volume, sendo que as vendas de café torrado atingiram um crescimento de mais de 100% na receita. “A Alemanha, principal cliente de Minas Gerais, aumentou em 24% suas compras. A China também vem ampliando cada vez mais sua participação e, para o período, houve registro de crescimento de 138% nas aquisições”, pontua.
Outros destaques
O complexo soja voltou a configurar como segundo principal componente da pauta exportadora do agronegócio mineiro, com a marca de US$ 673 milhões e 1,5 milhão de toneladas. Houve aumento de 11% na receita e decréscimo de 10,5% no volume, o que corroborou para a alta do preço médio praticado no mercado internacional, de US$ 443,47 a tonelada. A China foi o principal destino da soja mineira, com 70% das compras. Também influenciaram o aumento das vendas da commodity países como Tailândia, Paquistão, Irã, Alemanha e Holanda.
Já as carnes totalizaram US$ 315 milhões e 108 mil toneladas embarcadas, indicando um incremento na receita de 12% e de 28% no volume exportado, em comparação ao primeiro quadrimestre de 2020. Todas os segmentos – bovino, frango e suíno – apresentaram aumento nas vendas, sendo que a carne de frango obteve o maior crescimento relativo, com +41% na receita e +72% no volume.
O complexo sucroalcooleiro também voltou a apresentar alta, registrando US$ 204 milhões e 663 mil toneladas. As consequências da quebra na safra da Tailândia, principal concorrente brasileiro, seguiram favorecendo as vendas de Minas Gerais.
Os produtos florestais obtiveram vendas de US$ 180 milhões decorrentes dos embarques de 410 mil toneladas. A celulose foi o item que sustentou o resultado positivo, com acréscimos de 16,1% na receita e 5,4% no volume.
Por fim, à exceção do chá mate e das nozes e castanhas, todos os demais produtos agropecuários – que corresponderam a pouco menos de 10% das exportações do agro no estado – apresentaram resultados positivos.