Secretário de Saúde anunciou chegada de mais de 100 mil novas doses de Coronavac para D2 neste fim de semana
Minas é atualmente o 6º estado brasileiro com maior percentual de imunização. No início de março, a vacinação mineira ocupava o 17º lugar. O avanço, que reflete o esforço da gestão estadual para acelerar o processo nos municípios durante a maior operação de imunização da história de Minas Gerais, foi anunciado nesta sexta-feira (7/5), em coletiva à imprensa, pelo secretário de Estado de Saúde, médico Fábio Baccheretti.
“No começo de março éramos apenas o 17º estado em vacinação proporcional da população. Hoje somos o 6º colocado. Estamos subindo, melhorando, e o papel dos municípios é fundamental. A distribuição é rápida, quase imediata, e os municípios estão fazendo seu papel de vacinar os cidadãos. A vacinação é a solução para a pandemia”, afirmou.
O secretário também informou que Minas receberá mais de 100 mil novas doses de Coronavac neste fim de semana, o que possibilitará a retomada da aplicação da segunda dose nos idosos que já receberam a primeira.
“Aqueles que só receberam a primeira dose devem ir até o posto para receber a segunda, mesmo que já tenham passado os 28 dias de intervalo recomendado pelo estudo. Mesmo com um intervalo maior, a imunidade será alcançada com a segunda dose”, afirmou
A expectativa é de que Minas receba outras 400 mil doses de Coronavac na próxima semana, garantido a D2 para todos os mineiros que já receberam a D1.
Comorbidades
Além disso, a chegada de milhares de doses das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer nos últimos dias permitirá o início da vacinação para 2 milhões de mineiros que possuem comorbidades, como obesidade e diabetes.
“Chegaram 50.310 doses da Pfizer para BH e a nova remessa da AstraZeneca que recebemos ontem foi de 396.500 doses. Portanto, iniciaremos agora a vacinação do grupo de comorbidades, que, além da idade, é um fator muito importante em relação a óbitos e ocupação de leitos. Quase 90% dos pacientes que evoluem a óbito nos CTIs têm ao menos uma comorbidade”, explicou.
A previsão em Minas é a de que todo o grupo tenha recebido pelo menos a primeira dose até o final deste mês.
Queda de óbitos
O secretário de Saúde apontou ainda que a queda considerável nos óbitos da população imunizada comprova a eficácia da vacina.
“Os óbitos em idosos tiveram uma diminuição significativa. Acima de 90 anos, foi de 8,8%, no início do ano, para 2,5% agora. De 80 a 89 anos, passamos de 21,5% de óbitos para 9,1%. E acima de 70 anos, a taxa era de 28,8%; hoje são 24,4%. Observamos com clareza a queda na proporção de óbitos naqueles que já estão vacinados com a segunda dose, o que nos enche de esperança em relação à eficácia da vacina”, disse.
A conclusão da imunização de idosos acima de 60 anos deve ajudar a reduzir ainda mais a mortalidade pela doença.
“Já estamos terminando a aplicação da primeira dose no grupo de 60 anos e alguns municípios já estão vacinando a segunda dose nesse grupo. A expectativa é que, 15 dias após a segunda dose, a imunidade seja a máxima possível pela vacina. Então, é questão de tempo para que possamos observar a queda da mortalidade. Lembrando que esse é, hoje, o grupo com mais mortalidade e ocupação de leitos nos nossos CTIs”, afirmou.
Ocupação de leitos
Baccheretti ressaltou ainda que a média atual de ocupação de leitos de terapia intensiva no Estado é de 80%, o que demonstra o fim do colapso do sistema de Saúde.
“Temos 150 pacientes aguardando leito de terapia intensiva, o menor número desde março. Isso mostra que o número de casos novos permanece baixo. Hoje, temos menos pacientes aguardando leitos de CTI e Enfermaria de covid do que não covid”, explicou.
Educação
Ainda durante a coletiva, o secretário disse que a previsão é que os profissionais da Educação comecem a ser vacinados em junho.
“Minas está seguindo estritamente o PNI (Plano Nacional de Vacinação). O governador solicitou ao governo federal que os professores fossem adiantados na vacinação, pela necessidade da volta às aulas. E a expectativa do PNI é que em junho os professores comecem a ser vacinados”, concluiu.