Comerciantes protestam pedindo reabertura de lojas em Valadares

Protesto aconteceu em frente à Prefeitura

Com faixas e cartazes nas mãos, um grupo de comerciantes, lojistas e vendedores ambulantes se reuniu na tarde desta segunda-feira (5), em frente à Prefeitura de Governador Valadares, para se manifestar. O principal motivo da manifestação é a reabertura dos estabelecimentos para o público, situação que tem dificultado a continuidade das atividades. Já são 20 dias de restrições pesadas, devido à onda roxa, determinada pelo governo do estado. Em Valadares, as redes pública e privada de saúde continuam sem vagas para UTI Covid.

O movimento foi organizado por comerciantes do Mercado Municipal e camelôs, mas também compareceram ao ato empresários dos ramos de calçados, restaurantes, bares e donos de salões de beleza.

Com faixas e cartazes nas mãos, um grupo de comerciantes, lojistas e vendedores ambulantes se reuniu na tarde desta segunda-feira (5) para se manifestar pela reabertura do comércio

Conforme os manifestantes, o objetivo foi chamar a atenção das autoridades, de que o comércio não é o principal culpado pelo colapso na rede hospitalar e que o setor precisa voltar a operar para manter a sobrevivência econômica dos estabelecimentos da cidade. “Eu quero trabalhar. Tenho três lojas no Mercado Municipal e está tudo fechado; meus funcionários estão em casa sem poder trabalhar. Será que o governo vai pagar os salários dos funcionários este mês? Ficar em casa é fácil, quero ver se colocar no meu lugar. Meu filho abriu um comércio e já foi fechado”, comentou Jucireni Fael, lojista no Mercado Municipal há 35 anos.

A lojista reclama do acúmulo de despesas em meio à pandemia. “No dia de votar, pagar IPTU, as lotéricas estão abertas para receber. Agora, quando alguém pensa em abrir o comércio, ficam fiscalizando. Precisamos trabalhar para pagar essas contas. Tem comerciante aí pedindo socorro.”

Jucireni Fael, lojista no Mercado Municipal há 35 anos

Ramuncio Coelho é empresário no ramo de calçados no centro de Valadares e pede socorro para que a loja volte a atender como era antes da onda roxa. “Posso resumir em uma palavra: sobrevivência. A gente não suporta mais ter que pagar conta e não poder trabalhar. O governo teve um ano de prazo para resolver a estrutura da saúde e não conseguiu nada. Fizemos a nossa parte. Se tivessem terminado os hospitais de campanha desde o início, essa situação não estaria acontecendo agora. A corda já está no nosso pescoço e não aguentamos ficar parados”, disse.

Ramuncio Coelho, empresário no ramo de calçados, diz enfrentar dificuldades para manter as despesas

A vendedora informal Vera Lúcia Bispo também se mostrou indignada com as restrições da onda roxa e clama pela reabertura do comércio. Veja:

Leide Ramalho é proprietária de uma pizzaria. Segundo ela, o formato de entrega no balcão ou delivery não tem suprido as despesas do mês. Veja:

O que pode funcionar na onda roxa

As medidas da onda roxa são as mais restritivas do Plano Minas Consciente, permitindo apenas o funcionamento dos serviços essenciais e impondo toque de recolher das 20 horas às 5 horas. A decisão é devido ao agravamento da situação em todas as macrorregiões do estado.

Conforme o governador, a situação atual é a mais grave desde o início da pandemia, em que os hospitais estão no limite de leitos disponíveis.

Na onda roxa é permitido o funcionamento de:

  • Setor de alimentos (excluídos bares e restaurantes, que só podem via delivery);
  • Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias etc.);
  • Bancos;
  • Transporte público (deslocamento para atividades essenciais);
  • Energia, gás, petróleo, combustíveis e derivados;
  • Manutenção de equipamentos e veículos;
  • Construção civil;
  • Indústrias (apenas da cadeia de atividades essenciais);
  • Lavanderias;
  • Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação;
  • Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.)

A manifestação terminou por volta das 15h30 e não foi registrada nenhuma confusão. Manifestantes prometem um novo ato na quarta-feira (7), na praça do Shopping.

Procurada, a Prefeitura Municipal não se pronunciou a respeito da manifestação.

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