FOLHAPRESS – A indefinição sobre a presença de Luiz Felipe Scolari no comando técnico do Cruzeiro deve ser mantida até o fim da próxima semana, quando termina a Série B do Campeonato Brasileiro. Se para a imprensa brasileira o treinador já deu indícios de que pode sair, para os jornalistas estrangeiros a história não muda muito.
Ao canal Win Sports, da Colômbia, o treinador admitiu que está pensando se sai ou se fica na Raposa. E que sua permanência na Toca II também depende do surgimento de novos convites para executar o trabalho em outro clube.
“Então, fizemos o primeiro trabalho. Agora, vou pensar se saio ou se fico, dependendo de uma ou outra situação de convite. Por que, o primeiro trabalho idealizado por mim e pelo Cruzeiro, era de que nesses três meses saíssemos da dificuldade maior, passássemos a uma dificuldade média, e aí depois, tanto o Cruzeiro como eu, seguiremos nossa vida”, disse o treinador.
Felipão não está satisfeito com algumas promessas que foram feitas pela diretoria do Cruzeiro e não foram cumpridas, como por exemplo, o pagamento em dia da folha salarial dos atletas e comissão técnica. Há débitos atuais na casa dos dez milhões, já que estão em aberto parte dos pagamentos de outubro, a folha de novembro e dezembro, além do 13º salário.
Nesta semana houve o depósito de um vale individual, mas no valor único de R$ 20 mil, depositado para cada atleta.
Felipão deseja também garantias de que a direção conseguirá contratar pelo menos cinco jogadores indicados por ele. Atletas que, pelas entrevistas recentes, tanto no perfil técnico quanto financeiro, fogem das atuais condições do Cruzeiro. O treinador deseja aumentar a média de idade do elenco e mesclar o trabalho com mais profissionais experientes e os garotos que já se encontram no clube.
“Quando eu sai dos clubes europeus, vim ao Brasil, me dediquei a trabalhar no Brasil pela seleção, pelo Palmeiras e outros clubes me convidaram. Mas eu tenho que lembrar que, quando eu saí para a seleção brasileira, sai do Cruzeiro em 2001. Deixei um trabalho que ia fazer. O Cruzeiro está passando por uma dificuldade muito grande e estava nas primeiras 16 rodadas do campeonato, nove vezes na Série C. Ou seja, estava entre o 16º e o 20º lugar. A minha função era ajudar o Cruzeiro a sair dessa situação, é que o Cruzeiro, já no ano seguinte, ele possa aspirar uma volta à Série A. Foi isso que nós conseguimos”, disse o treinador ao programa da TV colombiana.