Metade do Estado está na onda verde do plano Minas Consciente

Políticas a longo prazo e redução de 18% da incidência da doença possibilitaram atual cenário

Pela primeira vez desde o lançamento do plano Minas Consciente, metade das macrorregiões de Saúde de Minas Gerais – o que representa 8 das 14 macros – está inserida na onda verde, a mais avançada do plano. A definição foi deliberada em reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, nessa quarta-feira (14), após análise dos bons índices epidemiológicos mantidos no Estado nesta fase da pandemia.

As alterações permitiram que as macrorregiões Triângulo do Norte, Sudeste, Nordeste e Centro sejam autorizadas a evoluir para a onda verde, após passarem 28 dias na onda amarela com índices estáveis. Além delas, as macros Triângulo do Sul, Centro-Sul, Norte e Jequitinhonha se mantiveram na onda verde. Esse é o estágio mais avançado do plano, com retorno de atividades escolares, abertura de parques e feiras.

Há duas semanas sem nenhuma região na onda vermelha, cenário em que se permite apenas o funcionamento de serviços essenciais – como supermercados, padarias e farmácias -, as demais macrorregiões do Estado permanecem na onda amarela. Nesta fase, é permitida a abertura de academias, clubes e bares, por exemplo.

Resultado de planejamento

Para o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, o atual controle da taxa de óbitos e de casos de Covid-19 em Minas Gerais é resultado do planejamento feito pelo governo, ao decidir lançar o plano Minas Consciente, ainda em abril, centrado em estudos técnicos e epidemiológicos das Secretarias de Estado de Saúde (SES-MG) e Desenvolvimento Econômico (Sede).

“Estamos conseguindo o equilíbrio que o plano sempre buscou, que é a retomada gradual e responsável da atividade econômica. Isso mostra que nós estamos dentro de uma metodologia bem construída, com acompanhamento técnico, fazendo com que a nossa economia se reative com segurança e cuidado com as pessoas”, disse o secretário.

Para o chefe de gabinete da SES-MG, João Pinho, o controle dos índices, até o momento, é resultado das políticas implementadas ao longo dos meses. “O aumento de casos vem diminuindo, foram apenas 35 na semana, os surtos estão controlados, a taxa de incidência da doença caiu 18% e o isolamento se mantém estável. A população definiu sua rotina: quem precisa sair para trabalhar, tem saído, mas quem se adaptou ou pode estar em casa, está em casa”, afirmou.

Apesar dos bons índices, o chefe de gabinete da SES-MG mantém o alerta para que as medidas de distanciamento e higiene sejam constantes, visando ao controle da doença.

“A gente caminha para um novo momento na pandemia. Mas não é uma situação que garante o futuro porque esse futuro está diretamente ligado ao comportamento da população. É uma situação que ressalta bastante o compromisso do Estado e as ações de todas as secretarias envolvidas sob a gestão do governador Romeu Zema (Novo)”, destacou Pinho.

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