Comerciantes do Mercado Municipal relatam como estão enfrentando a pandemia

GOVERNADOR VALADARES – Seja na feira aos domingos, ou durante a semana, o Mercado Municipal de Valadares sempre foi uma das principais fontes de renda na economia do município. É o ponto de encontro de todas as classes sociais, abastecendo desde as grandes redes de supermercados locais até o público em geral. Mas assim como em outros segmentos, alguns feirantes tiveram que se adaptar a pandemia global da Covid-19, para continuar vendendo e não ter que fechar as portas.

Mercado Municipal de Governador Valadares

Desde o dia que Valadares foi inserido na Onda Amarela do Programa “Minas Consciente”, no dia 31 de agosto, a economia foi se estabilizando. Contudo, feirantes admitem que houve queda no número de clientes. Entre os segmentos mais afetados, destaque para vestuário, calçados e tecnologia. Em contrapartida, os armazéns, farmácias, grãos, peixarias e açougues sobrevivem melhor graças ao caráter de essencialidade de seus produtos.


Os comerciantes estão seguindo as normas exigidas pelo Ministério da Saúde e usam máscaras para atender os clientes, que também só são atendidos se estiverem usando máscaras.

Para o proprietário de uma loja de utensílios domésticos, Ronildo Godinho, a retomada das vendas está sendo gradual. “O Mercado Municipal é polo na região. Várias pessoas de outras cidades vêm comprar aqui. Na minha loja, por exemplo, não houve uma queda muito grande. As pessoas estão procurando comprar o que mais precisam”, disse.


Há nove anos vendendo temperos e produtos naturais, a feirante Maria dos Anjos Tomas disse que precisou se adaptar para não perder a clientela. “Para vender a gente precisa oferecer segurança para os clientes, a pessoa chega e vê que é um local seguro. Aqui a procura de produtos naturais, como mel e própolis, aumentou bastante, acho que é porque aumenta a imunidade da pessoa”, comentou.


Nas proximidades do Mercado Municipal, as tradicionais feirinhas, que acontecem na rua José Luiz Nogueira, também sentiram o impacto. Muitas barracas continuam sem atender e sem previsão de retomada no atendimento ao público. “Cada um segue do jeito que dá. Mas graças a Deus os clientes vão aparecendo. Hoje é sexta-feira, um dia bom para vender, porque é início do mês, dá para faturar uma renda boa”, disse Paula Solange, feirante há mais de 20 anos, que depende da renda da feira para sustentar a família no interior.

Auxílio Emergencial ajuda

Além disso, segundo os comerciantes, o pagamento de R$ 600 (auxílio emergencial) do Governo Federal a desempregados, trabalhadores informais e beneficiários do Bolsa Família ajudaram a manter o equilíbrio quanto à falta de clientes. “Se não fosse o auxílio seria bem pior do que já está. As pessoas dependem muito desse dinheiro para comprar o essencial, que é a comida”, disse.

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