Todas as 195 unidades prisionais de Minas Gerais, dentre penitenciárias, presídios, centros de remanejamento e unidades de saúde, realizaram na terça-feira, 5, uma ação simultânea de limpeza e desinfecção. As áreas estruturais, como celas, pátios, áreas administrativas e técnicas, portarias, guaritas e também veículos passaram por higienização. As informações são da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública ( Sejusp ).
Segundo a Sejusp, a limpeza, feita em forma de mutirão, com mão de obra prisional, reforça as ações preventivas que já foram adotadas e têm sido praticadas no sistema prisional. Um dos protagonistas desta mobilização no combate a Covid-19 é o pulverizador, ou bomba de costas, utilizado para aplicar a solução de água com hipoclorito — água sanitária — em todas as instalações prediais e viaturas do sistema prisional.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) distribuiu 250 unidades do pulverizador e 200 da lavadora, além de aproximadamente 2 mil botas e botinas, álcool em gel e líquido e mais de 22 mil caixas de luvas para procedimentos diversos, juntamente com os itens normalmente utilizados nas limpezas de rotina, como detergente, desinfetante, sabão e sabonete.
Outras medidas
De acordo com informações, a Sejusp tem atuado em várias frentes para combater a disseminação do coronavírus em todo o ambiente prisional. Para evitar a contaminação por meio de contato com o público externo, as visitas foram suspensas. É uma forma de evitar a circulação de pessoas de ambiente externo, além de kits suplementares, com alimentos e remédios, entre outros itens, para impedir a entrada de materiais contaminados. Destaca-se que esses itens continuam sendo fornecidos pelas unidades prisionais e recebidos via Correios.
No sentido de evitar a contaminação por novos presos, foram criadas 30 unidades de referência, que funcionam como centros de triagem e portas de entrada para novos detentos do sistema prisional. As pessoas que são presas em Minas Gerais são encaminhadas para uma unidade específica em cada região e ficam por um período de 15 dias, em quarentena e observação, evitando possível contágio. Após a observação e atestada a sua saúde, são levadas a novas unidades prisionais.
Para evitar o contágio via profissionais de segurança, as escalas de trabalho foram dilatadas, de forma a diminuir a circulação desses profissionais intra e extramuros, e equipamentos de EPI estão sendo distribuídos nas estruturas prisionais.