Relator na CCJ foi contra a reforma de Temer

O relator da PEC da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça na Câmara, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), afirmou na última sexta-feira, 29, em Belo Horizonte, que críticas anteriores feitas por ele sobre as mudanças nas regras previdenciárias não afetariam seu trabalho como relator.

De acordo com o parlamentar, suas opiniões se referiam à proposta de reforma anterior, enviada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). “A reforma anterior diverge completamente da nova reforma. São textos e objetivos bem diversos, por isso não há divergências com o que eu disse”, destacou. Por ser delegado da Polícia Federal, Freitas já saiu em defesa dos servidores públicos que seriam afetados pela PEC.

Ontem Marcelo Freitas defendeu o texto da PEC proposta enviada ao Congresso pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. “A parcela que ganha mais será mais afetada pela Reforma. Ela não afetará os pobres de nosso País, pelo contrário, o objetivo é preservar os pobres”. O parlamentar também afirmou que a Presidência irá “melhorar o discurso” para explicar com clareza a reforma para a população.

Juízo de valores. O parlamentar afirmou que até o final do primeiro semestre deste ano, a Câmara dos Deputados poderá votar em definitivo a reforma. “Eu vou trabalhar com esse prazo, procurando encurtá-lo na Comissão de Constituição e Justiça”, disse, após a posse do novo superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais.

“Para poder evitar qualquer discurso de parcialidade ou antecipação do relatório, eu não vou omitir juízo de valor prévio sobre a questão da admissibilidade da proposta”, disse Marcelo Freitas, após ser questionado se pretende apresentar alguma mudança na proposta. Ele afirmou, contudo, que espera que o ministro da Economia, Paulo Guedes, possa ir ao colegiado na semana que vem – a previsão é que o ministro compareça na CCJ na próxima quarta-feira, dia 3 de abril – para incluir algumas sugestões que possam surgir, nessa sabatina, em seu relatório.

Indagado sobre a demora de seu partido em fechar apoio à proposta de reforma previdenciária, ele disse que não houve isso. “Para reunir toda a bancada e fechar uma questão, é naturalmente demorado. Mas nós iremos apoiar integralmente o presidente da República no Congresso Nacional”, disse.

por Jonathas Cotrim, especial para a AE

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