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Prática de jiu-jitsu vem transformando vidas no Conjunto Sir

Há um ano o jiu-jitsu tem levado oportunidades de ouro para crianças e adolescentes do bairro Conjunto Sir. O projeto social Arte Suave não tem sido usado apenas para o exercício da autodefesa, mas como ferramenta de socialização. A ação é desenvolvida pelo faixa preta de jiu jitsu Alexandre Ari, que, depois de ficar 17 anos na Europa, voltou ao Brasil para realizar o sonho de abrir sua própria academia.

Alexandre Ari era professor na Academia Madrid Fight Center, em Madri, na Espanha, onde sempre obteve destaque nas competições. De volta ao Brasil, o professor realizou o sonho de dar oportunidades para aqueles que não têm condições de praticar o esporte. Ao todo, são mais de 50 alunos inscritos no projeto.

“O objetivo do Arte Suave é oferecer oportunidade a essas crianças e adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade, isto é, jovens e crianças que enfrentam problemas de exclusão, de preconceitos, sejam eles raciais ou econômicos, entre outros, problemas familiares e emocionais. Vivenciar e praticar uma arte marcial de forma gratuita e de livre acesso, pois compreende-se que nem todos têm condições financeiras para arcar com esporte de qualidade, de forma supervisionada por um bom profissional”, ressaltou. Os treinos dos alunos acontecem toda terça e quinta-feira, das 17 às 19 horas.

Segundo o professor, a localidade estratégica do projeto foi escolhida ao refletir sobre a realidade dos jovens e crianças da região. “Trata-se de um bairro consideravelmente grande e que não possui nenhum tipo de projeto social com o objetivo retirar jovens das ruas, dos possíveis envolvimentos com facções criminosas locais que, infelizmente, ainda é uma realidade triste dentro da cidade de Governador Valadares”, afirmou Ari.

É fato que o esporte, além de abrir caminhos, também oferece a crianças e adolescentes novas perspectivas de vida. Para Ari, muitos são os motivos que dificultam o acesso à prática esportiva no Brasil, principalmente o fator financeiro. “Abranger todos os aspectos, fazer um trabalho de inclusão para todos que querem praticar esportes. O importante é trazer resultados através da vida desses jovens. Foi pensada uma parceria entre o projeto e escola, em que o aluno atendido pelo projeto deve estar matriculado e frequente nas escolas de ensino regular”, diz.

Os alunos do projeto Arte Suave já conquistaram diversos campeonatos. Destaque para a participação no Sul Americano de Jiu-Jitsu, realizado em Vitória, Espírito Santo, no início  do ano, onde a equipe faturou sete medalhas de ouro e três de prata. O professor, é claro, comemora e almeja alcançar objetivos maiores. “Os planos serão sempre treiná-los e alcançar o maior número de campeonatos possível. E também tenho vontade de expandir nosso projeto para outros bairros da cidade. Vejo a carência de projetos assim aqui”, conclui.

por Eduardo Lima | eduardolima@drd.com.br

 

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