Polícia Civil acredita que versão de suspeito preso seja falsa e trabalha com tese de latrocínio
Nessa quarta-feira (14) a Polícia Militar (PM) prendeu um jovem de 22 anos, suspeito de matar Adriano da Silva Barros, de 36 anos, vigário da paróquia de Simonésia. Segundo a PM, dois jovens – um de 22 anos e o outro menor de idade – foram abordados cerca de uma hora antes de o corpo ser localizado. O mais velho apresentava um corte na mão. A dupla foi liberada, já que os policiais ainda não tinham conhecimento do homicídio.
Após a localização do corpo, militares disseram que o rapaz de 22 anos teria sido visto entrando no carro do padre em Manhumirim. Assim, os militares foram até a casa do suspeito, que inicialmente negou a autoria do crime. Mas ele acabou entrando em contradição e confessou o homicídio.
O jovem afirmou ter matado o padre durante uma discussão, quando tentou extorquir de Adriano determinado valor, sob o argumento de que manteria a relação amorosa deles em segredo.
Em um vídeo publicado hoje (15), o delegado regional de Manhuaçu, Carlos Roberto Souza, disse que a polícia não acredita na versão do rapaz e afirmou que o crime será tratado como latrocínio. As autoridades acreditam que a versão do suspeito é uma forma de se esquivar da responsabilidade, colocando parcela de culpa na vítima.
A morte do padre Adriano
O corpo do padre Adriano da Silva Barros, de 36 anos, da paróquia de Simonésia, foi encontrado na noite dessa quarta-feira (14) por um morador de Pirapetinga, em Manhumirim. Ele foi encontrado carbonizado. A Polícia Militar foi acionada por um morador, assim que ele avistou fogo em seu terreno e também um corpo carbonizado em uma estrada rural, próxima de Manhumirim.
Equipes das polícias Civil e Militar estiveram no local. Peritos constataram que no corpo havia ferimentos provocados provavelmente por facadas. Os irmãos do sacerdote estiveram no local e reconheceram seu corpo, por meio de uma aliança, usada por religiosos. Exames de DNA serão feitos, a pedido do delegado que presidirá o inquérito.
Padre Adriano estava desaparecido desde a última terça-feira (13), data em que deixou a irmã na cidade de Reduto. Segundo informações, a intenção do padre era visitar a mãe doente em Martins Soares e retornar para Simonésia, onde celebrava missas.
A PC acredita que seja crime de latrocínio, uma vez que o veículo da vítima foi visto na madrugada dessa quarta-feira (14) no estado do Rio de Janeiro. O veículo ainda não foi localizado.