A nova composição da Câmara Municipal começa a discutir projetos de lei a partir de 1º de fevereiro, quando será realizada a primeira reunião ordinária da atual legislatura. Somente no próximo mês os vereadores se organizarão em blocos para definir quais parlamentares participarão de quais comissões do Legislativo. Ainda que a definição seja em fevereiro, informalmente os vereadores já se movimentam para formar alianças.
Um dos 13 vereadores que assumem mandato na Câmara pela primeira vez após a eleição de 2020, Jamir Calili (Podemos) almeja participar das comissões de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e de Fiscalização Financeira Orçamentária (CFFO).
Nessas comissões, o parlamentar quer debater o projeto de readequação das alíquotas de contribuição previdenciária dos servidores e do poder público municipal – matéria que, salienta o parlamentar, precisa ser aprovada conforme exigência de lei federal.
“De fato, o projeto só foi encaminhado. Deve ser apreciado em fevereiro, logo que começarem as votações. Ele é urgente. Vou propor compor a comissão de Constituição, Justiça e Redação, e a Comissão de Orçamento, pois em ambas trataremos da questão”, disse Calili.
Segundo o parlamentar, embora já haja movimentações quanto à formação de blocos e comissões, as definições só acontecerão após 1º de fevereiro. Também é o que afirma o vereador Alê Ferraz (DEM), um dos sete parlamentares da legislatura passada que conseguiram se reeleger para novo mandato. “As conversas já começaram, mas iremos decidir no início de fevereiro. Precisamos decidir os blocos para falar de comissão”, confirma Alê.
Oposição
O governo do prefeito André Merlo (PSDB) deve ter o apoio da maior parte dos 21 vereadores. Entre os partidos com representação na Câmara, o Partido dos Trabalhadores é tradicionalmente um rival político dos tucanos e deve permanecer na oposição. A vereadora Gilsa Santos (PT), também em seu primeiro mandato, revela que, nos bastidores, já existem conversas e sondagens com outras siglas para a composição de alianças.
“A gente sinalizou possibilidades e outros também sinalizaram para nós, mas não foi feita uma conversa concreta nem a bloco, nem a comissões. A gente estuda a possibilidade de estar presente em algumas comissões, mas ainda não há nada consolidado”, declarou Gilsa.