O juiz eleitoral Thiago Guimarães, da Comarca de Mantena, determinou nesta semana a cassação do diploma eleitoral do prefeito de São João do Manteninha, Gentil Pereira de Mendonça (PSB), e do vice-prefeito, Marcos Vinícius de Paula, o Marquinho da Saúde (PL), por campanha eleitoral irregular. Gentil e Marquinho permanecerão em seus cargos enquanto recorrem da sentença.
A decisão do juiz foi tomada em julgamento sobre representação feita pela coligação “Unidos por São João” (PMN-MDB), que disputou a eleição de 2020 contra a chapa de Gentil e Marquinho. A denúncia foi de realização de ato irregular de campanha, pela participação de Marquinho em evento de mutirão de entrega de próteses dentárias, realizado no dia 25 de junho de 2020, pela Secretaria Municipal de Saúde.
À época, Gentil e Marquinho já eram prefeito e vice, e foram reeleitos em novembro. Na sentença, o juiz considerou que a presença de Marquinho no evento teve “cunho político-eleitoral, descambando para a promoção eleitoral da então atual gestão do executivo municipal”.
Defesa
De acordo com a secretária de Administração de São João do Manteninha, Meirelene Arantes dos Reis, Marquinho, naquela solenidade, não era pretenso candidato à reeleição, e participou do evento na condição de servidor efetivo da Secretaria de Saúde. Quando começou a campanha eleitoral, o candidato a vice-prefeito era Fernando de Alencar Almeida (Avante), que foi posteriormente substituído na chapa por Marquinho da Saúde.
“Ele [vice-prefeito] participou de um evento com entrega de próteses dentárias de um programa do governo federal. Quem fez a denúncia, disse que ele se aproveitou daquele momento para fazer campanha política. Só que, quando esse episódio aconteceu, ele não era nem pretenso candidato a vice-prefeito. O candidato a vice era outro”, afirmou a secretária de Administração.
Conforme Meirelene, a assessoria jurídica do prefeito e do vice aguarda a publicação oficial da sentença para encaminhar o recurso contra a decisão do juiz eleitoral. “Ainda não foi publicada a sentença, o prefeito está aguardando a publicação para passar para a assessoria jurídica. E ele vai recorrer. E, enquanto ele recorre, ele permanece no cargo, aguardando uma decisão que provavelmente virá de Belo Horizonte”, declarou.