Fechado desde 2015, o Teatro Atiaia está em reforma desde a última quinta-feira (6). A obra, orçada em cerca de R$ 2,5 milhões, prevê a melhoria de todos os ambientes e a adaptação às normas de segurança e acessibilidade para pessoas com deficiência física. Para o diretor-presidente da Companhia de Teatro Katarriso e gestor financeiro da obra, Luiz Mauro Miranda Carneiro, a modernização acabará com o cheiro de mofo que muitas vezes afastou as pessoas do Teatro Atiaia.
“É muito importante a reforma do teatro, para a classe artística e para a população em si. A gente está querendo modernizar o teatro. Do jeito que estava, não atraía muito público, pelo cheiro de mofo que tinha. A gente pretende retirar esse cheiro de mofo e deixar o teatro renovado, utilizando a parte de cima, a galeria, para ser sala de ensaio e receber oficinas de arte. Teremos um teatro com maior capacidade para receber eventos artísticos e culturais”, afirmou Luiz Mauro.

Captação de recursos
O presidente da Katarriso explica que a companhia teatral assumiu a gestão do Atiaia, para que a reforma pudesse acontecer com recursos federais da Lei Rouanet, de Incentivo à Cultura.
“Esse dinheiro é de Lei de Incentivo. Quatro por cento do que é devido ao imposto de renda, a empresa pode colocar em um projeto de cultura. É um dinheiro federal, e vou gerir esse dinheiro para que a obra aconteça. Esse dinheiro não pode ser usado em outras finalidades. O compromisso feito com o Ministério do Turismo é entregar o teatro reformado. Se eu não conseguir realizar, o Ministério pode pedir o dinheiro”, destacou o gestor da obra.
Até o momento foram arrecadados cerca de R$ 2,1 milhões, captados com patrocínios da Cenibra, Vale e do Fundo de Patrimônio Histórico.
Luiz Mauro destaca a importância de parceiros para a realização da reforma do Teatro Atiaia. Ele espera que esses parceiros contribuam para arrecadar os aproximadamente R$ 400 mil necessários para chegar ao valor previsto no orçamento. O prazo para conclusão e entrega do teatro modernizado é de até 12 meses.
“A Prefeitura não poderia inscrever o projeto. Então, o Município cedeu o Teatro para a Companhia, pelo prazo de cinco anos, para a gente poder fazer essa reforma. Mas a Prefeitura vai continuar sendo nossa parceira. Se a gente não conseguir, por exemplo, dinheiro para as cadeiras, a Prefeitura se propôs a buscar empresários que consigam comprar isso para a gente”, ressaltou o presidente da Katarriso.