General minimiza delação de Mauro Cid

General Augusto Heleno durante depoimento a CPMI do golpe. FOTO: Lula Marques/ Agência Brasil
General Augusto Heleno durante depoimento a CPMI do golpe. FOTO: Lula Marques/ Agência Brasil

BRASÍLIA –general Augusto Heleno tentou minimizar, nesta terça-feira (26), os depoimentos do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. Ele tem dado informações à Polícia Federal sobre a tentativa de golpe que culminou no 8 de janeiro de 2023.

Segundo o militar, o papel de Mauro Cid estava restrito a cumprir ordens dadas pelo então presidente. Portanto não participava de reuniões, nem teria relevância para a tomada de decisões.

“Cid era apenas um ajudante de ordens do ex-presidente. Ou seja, cumpria ordens”, disse Heleno ao afirmar que os depoimentos de Mauro Cid estão sendo utilizados de forma indevida. “Não sei o que ele falou. Ninguém sabe”, acrescentou ao lembrar que até o momento o conteúdo está sob sigilo.

Delação premiada

Mauro Cid, contudo, assinou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, e alguns trechos desses depoimentos foram vazados pela imprensa.

Assim, em um deles, Cid teria dito que Augusto Heleno participou de reuniões de teor golpista com chefes das Forças Armadas e com o hacker Walter Delgatti. Heleno, no entanto, disse não se lembrar ou que não teria participado dessas reuniões.

Diante da declaração, o deputado Rogério Correia (PT-MG) apresentou imagens de Mauro Cid em uma reunião entre Augusto Heleno, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os chefes das Forças Armadas.

O general argumentou, então, que a imagem mostrada era de algo que “raramente acontecia”, e que Cid estaria ali apenas “esperando o presidente falar com ele para passar alguma ordem”. Segundo o general, a imagem mostrava uma reunião ocorrida ainda em 2019.

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