Criar e educar filhos nunca foi tarefa fácil. Entretanto, podemos afirmar que, nos dias de hoje, está mais difícil e exige ainda mais dos pais, se considerarmos as circunstâncias do mundo e a rapidez com que tudo acontece. O mundo em que muitos pais cresceram era diferente. Essa nova geração tem que competir a todo custo. É altamente pressionada a ser sempre a melhor, causando forte tensão e custo emocional, consumindo infâncias e adolescências.
Ao tomar consciência da enorme tarefa que é criar e educar filhos, pais e mães podem paralisar ou se fortalecer pelo propósito de preparar filhos para se tornarem independentes, maduros e responsáveis, tornando-se pessoas de bem. É preciso atentar para as necessidades básicas do ser humano, para que se possa educar de forma a possibilitar a construção do caráter do indivíduo.
Excessos não são aconselháveis; é preciso evitar o autoritarismo e a permissividade. Esses dois extremos dificultam a compreensão da criança, distorcendo suas interpretações, confundindo suas emoções e causando inúmeros constrangimentos, a elas e aos pais. É preciso entender que mudanças nas relações familiares, na forma de educar, são necessárias. Como colocar regras, ordem e limites sem criar um caos na família? Como desenvolver técnicas e estratégias de comunicação diferentes para cada filho e obter bons resultados? Está na hora de encontrar equilíbrio, atuar de forma clara, objetiva, respeitosa e generosa, rompendo os paradigmas de que criança e adolescente não tem voz, não tem que querer, nem se meter, que os pais têm sempre razão e não podem, jamais, ser questionados. Seu filho/filha tem voz, tem um querer, tem necessidades e precisa de você para se compreender e aprender a conviver neste mundo.
Nessa fase podem ser instaladas crenças como desvalor, desamor e desamparo, que serão carregadas por toda a vida, muitas vezes levando a pensamentos limitantes, comprometendo a autoestima, diminuindo sua capacidade de ação e realização. Evite palavras e/ou gestos que desqualifiquem, limitem, afastem. Pessoas, principalmente crianças e adolescentes, desejam e merecem se sentir valorizadas, amadas, capazes, encorajadas.
Educar é um gesto de amor. Amar convida a um olhar respeitoso sobre as necessidades do outro. Esse outro, quando é um filho/filha, também precisa ser respeitado em essência, para que a construção das relações seja plena e frutífera. Por trás de todo comportamento existe uma necessidade. Ao entender que necessidade é essa, possivelmente a comunicação fluirá melhor. Assim, ao buscar o caminho do meio, pais e mães tornam-se facilitadores, permitindo um desenvolvimento pleno e eficaz a longo prazo.
Dica da Iô: Busque informações sobre educação. Há inúmeros autores, renomados, que poderão ajudar a compreender seu filho/filha. Aproveite para observar e avaliar como ele/ela é, o que gosta, como reage a determinadas situações. É importante conhecer e reconhecer as emoções e agir de forma assertiva. Acolha, oriente, apresente fatos, avalie possibilidades e estabeleça regras específicas. Clareza, com limites sobre o que é aceitável e o que não será permitido, para que seja capaz de se responsabilizar pelo resultado de suas escolhas, aumentando seu nível de autoconsciência. Lembrem-se: vocês, pai e mãe, são os adultos da relação. Portanto, cabe a vocês encontrar equilíbrio para lidar com situações que fogem ao controle, antes que se tornem conflito ou disputa por poder.
Eu acredito em você. Conta comigo. Vá lá e faça acontecer!
(*) Iolanda Cabral – IôCabral Fonoaudióloga, pós-graduada em Gestão de Negócios e Inteligência Competitiva. É master coach, treinadora comportamental e palestrante. Atualmente é diretora na Escola Vieira Cabral e atua na área de Desenvolvimento Pessoal e Organizacional com Programas de Coaching, Liderança, Palestras e Treinamentos Comportamentais através da inteligência Emocional e Comportamental Positiva. Instagram: @iocabral iocabral.contato@gmail.com