As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas.
Imagens de destruição que remetem a um cenário de guerra e dez anos de trabalho destruídos em segundos. A loja de móveis planejados dos sócios João Cardoso Neto e José Rodrigues, localizada no bairro Universitário, em Valadares, foi totalmente destruída por um incêndio de grandes proporções, ocorrido na manhã de ontem (24). O fogo teria começado em um depósito de tambores e se espalhado por três estabelecimentos próximos. Os bombeiros conseguiram controlar as chamas. Também foi feito o rescaldo, procedimento padrão, que consiste em revirar os materiais que entraram em combustão e isolar as partes que não foram queimadas, para evitar uma nova propagação de incêndio. Ninguém se feriu.
Galeria de fotos: DRD/TV Leste

“Nós perdemos tudo. Máquinas de montar, máquinas de cortes, máquinas manuais. Não deu pra salvar nada”, comentou João Cardoso Neto.
No vídeo a seguir, ele conta como era o local antes de ser completamente destruído pelas chamas.

De acordo com José Rodrigues, os primeiros cálculos apontam um prejuízo de mais de R$ 80 mil. “O material, o maquinário, as ferragens foi todo destruído. Eu perdi tudo”, disse. José relatou que ainda não há informações sobre as causas do incêndio.
No vídeo a seguir, ele relembra como era o local antes do incêndio.
Defesa Civil e Corpo de Bombeiros vistoriam o local

Na manhã desta quarta-feira (25), a Defesa Civil esteve no local para uma vistoria, e interditou parcialmente o imóvel. “Após o incêndio, o combate às chamas feito pelos bombeiros e a efetiva ação de rescaldo, não há mais risco do incêndio se propagar para outras áreas. A Defesa Civil veio avaliar a estrutura, daquilo que sobrou desse incêndio, veio interditar os locais de risco e liberar parcialmente as áreas menos atingidas, para que os empresários possam tirar o material que não foi atingido. Questão também de segurança, de salvaguarda de bens, documentos. Então nós estamos liberando parcialmente as partes menos atingidas, para que sejam feitas a limpeza e reacerto dos equipamentos que eles possuem”, destacou o coordenador da Defesa Civil, major Adelson Ferreira Bento.

Segundo Adelson, a parte mais danificada está completamente interditada. Ele também explicou como funciona a questão da responsabilização pelo incêndio. “Como houve danos, com certeza a Polícia Judiciária e a Polícia Civil deverão ser acionadas por aqueles que se sentirem lesados pelo incêndio, e deverá ocorrer um inquérito policial. É uma sequência natural na Justiça, onde aqueles que se sentirem prejudicados vão pleitear os seus direitos”, disse.

Militares do Corpo de Bombeiros da 3ª Cia de Prevenção e Vistoria também estiveram no local. O vistoriador responsável, sargento Leonan Victor Xavier, falou sobre o trabalho realizado no dia seguinte ao incêndio e sobre a situação de prevenção e segurança dos imóveis atingidos.
“Passada a parte de combate ao incêndio e rescaldo, os bombeiros partem para a parte de prevenção, o que foi feito antes do sinistro. Nós concluímos que a edificação não possuía o ABCB, que é o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, e também não possuía projeto de prevenção contra incêndio e pânico”, relatou.
De acordo com o sargento Leonan, os responsáveis serão notificados e terão um prazo regulamentar de 60 dias para regularizar a situação do imóvel.
“É claro que agora a edificação não tem mais condição de funcionar. Mas para que os trabalhos aqui sejam retomados, eles deverão entrar com um projeto junto ao Corpo de Bombeiros para conseguir o ABCB”, ressaltou.
“O incêndio acontece onde a prevenção falha”. (Sargento Leonan Victor Xavier)
No vídeo a seguir, o vistoriador explica como funcionam as medidas de segurança adequadas.
Saiba mais sobre o incêndio clicando no link: Incêndio de grande proporção em Valadares deixa quatro estabelecimentos comprometidos