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Alguns dos nossos “pequenos grandes” beneméritos

por Luiz Alves Lopes (*)

Recorrendo ao ‘pai dos burros’ e a outras ferramentas da modernidade vamos encontrar, dentre tantas definições e conceitos, que BENEMÉRITO é aquela pessoa que “tem mérito para receber louvores e recompensas”.

“Que contribui com trabalho ou dinheiro para alguma causa”. ” Que de alguma forma dá ajuda a uma pessoa, grupo ou organização, geralmente dando uma contribuição monetária na forma de uma doação para ajudar uma causa”.

“Que, pelos serviços prestados, é digna de prêmios, aplausos, recompensas, homenagens, benemerente. Que oferece dinheiro ou serviços em benefício de alguma causa. Que é digno de respeito, ilustre”. Seguramente, uma pessoa conhecida por muitos, notória, evidente.

No que concerne a clubes sociais e esportivos, como regra geral têm eles, em seus quadros de associados, a previsão da figura do sócio BENEMÉRITO, cada um definindo normas, qualidades e condições para tal galardão. Há cada pérola…

A vaidade é inerente ao ser humano, hávido por conquistas, exposições e busca do estrelato, ainda que de forma imerecida, capenga, desleal e desprovida do atendimento dos requisitos previstos e apontados. Valem-se da burla, do “puchassaquismo” e outros ingredientes desqualificantes.

Há pessoas – em Valadares não diferem de outras tantas – que buscam a benemerência a qualquer custo, não entendendo ou não querendo entender que benemerência não se compra no buteco da esquina ou mesmo em feiras livres, ou ainda com o tradicional jeitinho brasileiro.  BENEMERÊNCIA se conquista com merecimento, realizações e condutas.

Valadares tem história (pode acreditar, Paulo de Tarso), uma rica história. Teve uma extraordinária safra de PIONEIROS , de empreendedores, de grandes agentes políticos (quantas saudades!) e muitos benfeitores. Não dá para listar.

Quando alguns buscam aqui na urbe, sem mérito algum, o título de Benemérito, bom ‘levantar a bola’ e, de forma despretensiosa, porém com responsabilidade, APONTAR O DEDO  para algumas de nossas figuras simples que foram ou que são, verdadeiramente, BENEMÉRITOS da cidade que já foi Princesa um dia. Vejamos:

DOMINGOS SOUZA FRANCO, O Domingos do Mercado – Figura carismática, envolvente e participativa, que por décadas mitigou no Mercado Municipal e por outras tantas se acomodou nas dependências do Campo do Pastoril, lá para as bandas do bairro São Cristóvão, dele zelando como se propriedade sua fosse.

DIONÍZIO ‘ PARCEIRINHO’ GONÇALVES – Sua história e trajetória se confundem com o campo de jogo do estádio Mammud Abas. Sai dirigente, entra dirigente, lá está o Parceirinho cuidando carinhosamente do tapete da Osvaldo Cruz, reconhecido como um dos melhores gramados do interior das Minas Gerais. Simplicidade, presteza e competência sempre presentes.

MAIRSON SIMAN – Sabem daquele time chato, enjoado e que complicava a vida dos favoritos em relação aos certames amadores de Governador Valadares? Era o PALMEIRAS do Mairson Siman (mais Arlindo Gomes e Pascoal), dirigente  cheio de tretas, manias, entusiasmo, competência e sabedoria. E muito bem articulado. Sabia se posicionar perante a entidade dirigente, impondo-se pela dignidade e respeito. Anda com os burros n’água lá para as bandas do Conjunto SIR.

MANOEL MESSIAS BISPO – O eterno e emérito dirigente do Esporte Clube Vermelho 27, um dos mais antigos e tradicionais clubes valadarenses. A vida de Messias se confunde com a trajetória de ‘seu’ Vermelho 27. Carismático, franco e objetivo, tem muita história para contar. Mas, se contar…

EDVALDI PEREIRA DE AGUIAR, O MALEIRO – Um dos últimos moicanos da velha guarda de dirigentes esportivos de Governador Valadares. Ele, seu Táxi Futebol Clube e seus seguidores. Carismático por excelência, de palavra e convicções, desafia a ciência e insiste em praticar o futebol das multidões. De vez em quando o SAMÚ é chamado, mas….

WILSON HENRIQUE DOS SANTOS, O ZÉ NILTON – Árbitro de futebol por décadas e décadas e que bem poderia ter figurado no quadro especial da Federação Mineira de Futebol. Não o foi por sua simplicidade, humildade e caráter. Da “safra” do Dr.Arnóbio Pitanga, chefiou o Departamento de Árbitros da Liga Valadarense e sempre atendeu aos chamamentos e convocações para jogos de caridade e da petizada (dentes de leites). Exemplar.

Todos eles minha gente, pessoas simples, do povo, que fizeram a opção de  servir, de praticar o bem, de praticar boas ações, tudo fazendo no anonimato e sem busca do estrelato, do retrato no jornal, do aparecimento na TV, sequer aventando a hipótese de levar vantagens nas práticas de seus atos. Verdadeiramente, alguns dos nossos PEQUENOS GRANDES BENFEITORES.     


(*) Ex-atleta 

N.B. 1- Logo após o Natal vem a notícia do falecimento de Antônio Carlos, o Tonhão, ex-vereador e militar da reserva, desportista de escola, prestativo como poucos. Deixa uma lacuna na arte de servir aos menos favorecidos. Descanse em paz, AMIGÃO.

N.B.2 – No dia de Natal, pelo 32º ano consecutivo, foi realizado nas dependências do Coopevale Futebol Clube o tradicional encontro dos desportistas da velha guarda dos bairros Santa Terezinha e São Paulo. Dentre tantos lá estava… ‘Maninhooooo!!

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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