Relação pais e filhos

Pais que acreditam que precisam, antes de tudo, ser amigos de seus filhos e que, como amigos, se tratam de igual para igual, provavelmente têm problemas.

Lembre-se: ser amigo de seu filho é ajudá-lo a ser a pessoa certa para si mesma e para o mundo em que vive.

Os pais precisam ser pais para que os filhos possam ser filhos. Pai é guia, orientador, legislador, deve nortear a conduta do filho, criando regras ou leis que precisam ser respeitadas e que irão preparar os filhos para enfrentar o mundo. O pai é diferente do filho, pois o ama, independentemente do que ele seja ou do que pode oferecer. Ama-o tal como é, simplesmente por ser seu filho, e ele o pai.

Sem querer pregar o autoritarismo, é necessário que nesse relacionamento haja uma hierarquia. Que os pais saibam exercer uma autoridade de adultos coerentes, competentes, que querem o melhor para o desenvolvimento completo da personalidade do filho. Que dirijam o seu lar com disciplina, firmeza e sabedoria, buscando proteger e orientar o filho, alicerçados em valores éticos e morais nos quais acreditam.

Nessa linha de reflexão, os professores, que participam significativamente na educação de jovens, devem também avaliar a forma de relacionamento com seus alunos.

Uma das maiores divulgadoras da proposta de educação do Amor Exigente – AE, Mara Silvia Carvalho de Menezes, autora de vários livros, dentre eles “Amor Exigente para professores – prevenção na escola” (Ed. Loyola, 1996) acalenta um grande sonho, que assim manifestou:

“Acreditamos que se o Movimento Amor Exigente fosse levado para as escolas que se encontram em situação de risco diante das drogas, e os 12 Princípios que o regem norteassem o relacionamento dos professores com os alunos, muitos dos problemas e distorções existentes poderiam ser corrigidos e algumas ideias poderiam ser discutidas e trabalhadas. Por exemplo: os professores devem falar sobre drogas na escola porque, se tanto o professor como os pais não falam, corre-se o risco de que alguém fale no lugar deles, e talvez de maneira a induzir ao uso. Recomenda-se suscitar debates na sala de aula e, a partir da curiosidade dos alunos, se deem as orientações necessárias.”

“Estamos convencidos de que a real problemática da droga está no processo educacional pelo qual se forma a personalidade do jovem de hoje. Para proteger a família, a escola tem de ser presente. Deve disciplinar, orientar. Sabemos que cada escola tem uma situação específica e diferente, por isso queremos juntar o binômio família-escola…”

Tem razão a ilustre Mara Silvia. Nessa luta, os professores devem participar de corpo e alma, pois a cada dia a escola é solicitada a assumir maiores responsabilidades. Presa entre a tradição e as mudanças, essa instituição assume funções que eram da família, ou promove condições que eram pertinentes à comunidade.

Em diversas áreas, filhos e alunos realmente demonstram saber das coisas, mas não se pode abrir mão do papel de educadores, orientadores e condutores dessa fase de desenvolvimento. É preciso reconquistar o controle da situação. Os Princípios e a Metodologia do Amor-Exigente podem auxiliar pais e escolas a agirem nesse sentido.

por Heldo ArmondGrupo de Apoio Amor Exigente | Coordenação Local: Berta Teixeira Rodrigues | Coordenação Regional: Washington J. Ferreira/Penha | Reuniões às terças-feiras, das 19h30 às 21h30, no Colégio Franciscano Imaculada Conceição

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