Psiquiatra é o mesmo que psicólogo?

O profissional atua com transtornos mentais, mas de maneira diferente

O psiquiatra é formado em medicina com especialização em psiquiatria, diferente do psicólogo que se forma no curso de psicologia. “O psiquiatra entra em cena quando o assunto são desordens mentais como: bipolaridade, depressão, transtorno obsessivo compulsivo, ansiedade, esquizofrenia, dependência química, entre outros”, conta a Dra. Caroline Bueno. Sua intervenção é criar as condições para que o desequilíbrio funcional do cérebro seja compensado através de medicação.

“Já o profissional de psicologia é habilitado a tratar os mesmos transtornos emocionais, porém seu instrumento de tratamento é o diálogo. Psicólogo não pode prescrever medicamentos, pois isso é um ato médico”, esclarece a psicóloga Francisca Almeida.
O diálogo que se constrói no processo terapêutico, não representa uma simples conversa. O psicólogo na sua formação estuda como se processa o desenvolvimento emocional, que gera o comportamento da pessoa. Ele, por exemplo, aprofunda a compreensão dos fatores inconscientes da mente, que se revelam nas atitudes do paciente.

O psiquiatra completa o trabalho do psicólogo e vice-versa, a ação conjunta desses profissionais, somado a outros, como terapeuta ocupacional, educador físico, assistente social, cria o modelo de atendimento inter e multidisciplinar, que hoje é considerado o mais completo e eficaz para se obter resultados de controle e evitar crises emocionais , já que ainda não podemos falar de cura, para parte dos casos. O avanço nos estudos dos psicofármacos, contribuíram significativamente para que os pacientes possam ter uma melhor qualidade de vida.

A atuação do psiquiatra é de prescrever a medicação e acompanhar a evolução do paciente, fazendo os ajustes necessários para que os sintomas cessem , retirando a dor psíquica que a crise promove. Para quadros com sintomas agudos a ação do psiquiatra deve ser a primeira opção de conduta. O acompanhamento correto, permite que em alguns casos o uso da medicação possa ser retirado, desde que o paciente tenha desenvolvido e fortalecido seus recursos internos, para lidar com a realidade de suas emoções.

“Na dependência química, o paciente deve contar com uma equipe multidisciplinar, para lhe atender. Mesmo após a recuperação, é comum que o indivíduo desenvolva outras doenças, como ansiedade, síndrome do pânico e depressão, que se não forem tratadas durante o processo recuperatório, possivelmente levarão o dependente de volta às drogas”, relata a psicóloga.

“Tanto em transtorno crônico como bipolaridade ou esquizofrenia, ou aqueles com caráter episódico como depressão e ansiedade o uso correto da medicação traz uma melhor evolução e a psicoterapia coopera muito na manutenção desta melhora. O trabalho conjunto traz muitos benefícios ao paciente”, afirma a psiquiatra.

É muito importante vencer o preconceito e buscar ajuda quando sentir que não está conseguindo dominar sintomas que paralisam e tiram a qualidade e até mesmo o sentido da vida, buscar tratamento é um ato de coragem e não fragilidade.

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