Professora e diretora da Escola Realina Adelina visitam escola sustentável no Uruguai

O projeto Sala Ecológica da Escola Municipal Realina Adelina Costa, que consiste em construir uma sala com garrafas pet, está ganhando asas. A professora de artes Elisângela Martins Andrade e a diretora Ivana Maria Maia viajaram ao Uruguai para conhecer a Jaureguiberry, a primeira escola pública sustentável da América Latina, da cidade de Canelones. Na bagagem elas trouxeram novidades, experiências e novos olhares para o projeto.

“Estar em uma escola onde as paredes são de pneus, latinhas e garrafas de vidro revestidas de cimento é ter a certeza de que estamos no caminho certo, que é possível ter em Valadares uma escola sustentável”, comentou Elisângela, que também confessou que seu projeto é pequeno comparado ao que viu na escola sustentável. “Percebi que meu projeto é um grão de areia diante do que podemos fazer. Somos capazes de diminuir o lixo, se todos agirem. Olha quantas latinhas de refrigerante são consumidas por dia e que podem ser reutilizadas como material em uma construção!”

A escola sustentável ainda consome o que é produzido dentro da instituição. Fora a construção, a professora e a diretora destacaram o sistema de calefação, a produção de frutas, energia solar e, principalmente, o reaproveitamento de água, reutilizada até três vezes.

Além da diretora da Escola Jaureguiberry, Alicia Alvarez, elas também conheceram o professor Dário Greni, eleito pela Global Teacher entre os 40 melhores professores do mundo em 2018, e a Escola Las Violetas, zona rural de Canelones. Alicia e Dário dividiram experiências do sistema de ensino público uruguaio. “São escolas públicas como as nossas, com metodologia de trabalho brilhante com seus alunos, que têm autonomia na forma de falar o que aprendem. A interação com os alunos de lá também foi muito bacana”, relatou a diretora Ivania.

Elisângela destacou outros pontos. “Os professores se doam de corpo e alma às ações da escola. Todas as classes se comunicam. O projeto de um professor tem conhecimento de toda a escola, que trabalha em coletivo. Nosso secretário sempre nos fala isso, que precisamos dialogar uns com os outros. Acredito que estamos no caminho certo.”

Durante a apresentação do projeto aos uruguaios, Ivania fez um convite à diretora de Jaureguiberry e ao professor Dário. “Nosso projeto foi muito admirado. Convidamos Alicia e Dário para conhecerem o projeto de perto e também nossa escola. Eles mostraram interesse em vir.”

A viagem veio a convite da consulesa do Uruguai, María Ximena Alvarez, que está acompanhando o projeto desde junho, quando aconteceu a campanha de arrecadação de garrafas pet para a construção da sala.

O secretário municipal de Educação, José Geraldo Lemos Prata, e o prefeito André Merlo custearam as passagens áreas e o Uruguai arcou com o restante das despesas. Ainda esta semana Elisângela e Ivânia vão realizar uma roda de conversa com a equipe escolar para dividir os momentos marcantes da viagem.

Projeto Sala Ecológica

A sala está sendo construída com uma base de concreto, para sustentação, e as paredes são de garrafas pet preenchidas de areia e argila. O chão será de tampinhas de garrafas e pedras da cachoeira, revestido por porcelanato líquido. A previsão para a inauguração é novembro deste ano.

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