Polícias Civil e Militar traçam estratégia integrada para redução de homicídios em Valadares

Com 82 homicídios registrados no município em 2019, a meta das polícias Civil e Militar é que o número de assassinatos não ultrapasse o índice dos anos anteriores

Representantes das Polícias Civil e Militar se reuniram nesta terça-feira (19), na 8ª Região Integrada de Segurança Pública (8ª RISP), para traçar estratégia integrada entre as duas instituições a fim de reduzir o número de homicídios em Governador Valadares. Do início do ano até a terça-feira foram registrados 82 homicídios em Valadares – foram 97 assassinatos em todo o ano de 2017, e 90 em 2018.

“Se verificarmos os anos anteriores a 2017, Valadares teve uma incidência acima de três dígitos, com mais de 100 vítimas, chegando a 105, 110 e 112 vítimas. O ano de 2017 foi um grande avanço, e os números desceram para dois dígitos”, avalia o comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Fausto Machado de Oliveira. Faltando aproximadamente 40 dias para o final de 2019, a meta das forças de segurança no município é de que o número de assassinatos não ultrapasse o índice dos anos anteriores.

“Mais uma vez a PC e a PM assumem o compromisso de desenvolver todos os esforços e ações necessárias para manter essa tendência de redução de homicídios que houve entre 2017 e 2018, que foi um resultado histórico. Neste ano estamos com 82 casos, há possibilidade ainda de alcançarmos um resultado menor que 2018”, complementa o comandante do 6º BPM.

O delegado regional de Polícia Civil, Fábio Sfalcin, destaca que muitos dos homicídios registrados em Valadares têm relação com o tráfico de drogas. “Valadares tem uma cultura de homicídio, apesar dos esforços das instituições de segurança. Perdura nesta cidade uma cultura de matar. Mas, embora essa cultura exista, há uma cultura institucional aqui também de repressão qualificada. Nós nos reunimos todas as semanas para tratar especificamente de homicídios, que em Valadares têm uma relação com o tráfico de drogas”, disse o delegado.

A delegada Lilian de Cales, da Delegacia de Crimes Contra a Vida e Pessoas Desaparecidas (DCCV), acredita que a integração do trabalho entre as duas forças policiais pode melhorar a apuração de homicídios. “Esse momento de alinhamento traduz essa parceria das duas instituições, porque o objetivo final é reduzir o número de crimes violentos, especialmente os homicídios. Há uma troca de informações, principalmente porque cada instituição, na sua área de atuação, tem condição de colher elementos pra subsidiar o inquérito policial e melhorar a qualidade das investigações”, afirmou.

Para o comandante da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar, tenente-coronel Fernando Costa da Silva, a articulação entre as polícias Civil e Militar trará melhorias na gestão operacional.

por THIAGO FERREIRA COELHO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM