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Painel cubista retorna à cidade após restauração

O painel retorna ao seu local original depois de passar por reformas em Belo Horizonte; ontem foi realizada uma solenidade para marcar a restauração da obra. FOTO: Divulgação

Em setembro do ano passado, o painel cubista instalado no fundo da galeria do edifício Helena Soares, na rua Israel Pinheiro, foi removido e transportado para Belo Horizonte, onde passou por um processo completo de restauração, após 54 anos exposto e, de certa forma, ignorado pela população de Valadares. De volta à cidade, o painel do artista Sebastião Rosa foi instalado em novo local, mais adequado à conservação e à apreciação pública – o Centro Cultural Nelson Mandela.

A obra, pintada em duas placas de madeira, apresenta aspectos relevantes da cultura e da história de Valadares, como a pecuária, a extração de minerais, a ponte do São Raimundo sobre o rio Doce e o pico da Ibituruna. O autor da pintura, o artista Sebastião Rosa, permaneceu no anonimato por muitas décadas e não assinou a obra, por ter sido perseguido durante a ditadura militar. O painel, tombado pelo decreto nº 7. 670, de abril de 2003, foi pintado entre os anos de 1962 e 1964, durante a construção do Edifício Helena Soares.

“A arte é uma das expressões humanas mais antigas. Desde os primórdios, ela sempre foi a grande forma de representação, de expressão de uma civilização e sua cultura. O painel cubista feito por Sebastião Rosa é um bem tombado e recentemente foi restaurado por iniciativa do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico da cidade, que possui suma importância no que tange à salvaguarda dos bens históricos do município. Agora, nosso painel está de volta e todos podem apreciá-lo novamente”, conclama a gerente de Patrimônio Histórico-Cultural da Prefeitura, Carolina Bretas.

“É uma grande satisfação poder entregar à comunidade esta obra tão importante, que conta um pouco da nossa história, totalmente restaurada e pronta para receber visitantes”, comenta o secretário municipal de Cultura, Carlos Teixeira.

PAINEL

A exposição ao tempo durante 54 anos não poupou o painel de algumas avarias, como esmaecimento das cores, cupins (o painel é pintado em madeira e afixado à parede), riscos, mofo, entre outros. Tal situação mobilizou o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e a Gerência de Patrimônio Histórico-Cultural da Prefeitura, em prol da restauração da pintura, que foi feita pelo Grupo Oficina de Restauro (que já recuperou obras de artistas do gabarito de Cândido Portinari), de Belo Horizonte. A cerimônia de reinauguração da obra aconteceu ontem, no Centro Cultural Nelson Mandela – rua Afonso Pena, 3269, Centro.

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