Indocumentados vivem a expectativa do início da operação de deportação em massa dos EUA anunciada por Trump

Os imigrantes indocumentados que têm carta de deportação são alvos preferenciais, mas quem não tem a ordem teme também ser deportado

O presidente Donald Trump está concluindo os detalhes para dar início à deportação de milhares de pessoas que vivem nos Estados Unidos ilegalmente, em operações da U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE). Pela rede social, Trump disse que nesta semana a agência de imigração “começará o processo de remoção dos milhões de imigrantes que entraram ilegalmente nos Estados Unidos”. “Eles serão removidos mais rápido do que entraram”, escreveu ele.

O presidente Donald Trump diz que a operação de deportação terá início nesta semana e suas declarações deixaram muitos imigrantes valadarenses apreensivos.FOTO: Divulgação

Um funcionário do governo disse à Associated Press que o esforço se concentrará em mais de 1 milhão de pessoas que receberam ordens finais de deportação por juízes federais, mas permanecem em liberdade no país. O funcionário falou sob condição de anonimato para explicar os tweets do presidente. O maior número de pessoas deportadas pela ICE foi de 409.824 em 2012 e é incomum que as agências policiais anunciem invasões antes que elas ocorram.

O ICE raramente anuncia operações com antecedência, especialmente aquelas em grande escala, como a que Trump abordou. O Washington Post noticiou em maio que, antes da saída da então secretária do Departamento de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, a Casa Branca pressionou o DHS – que supervisiona o ICE – a conduzir uma ampla operação voltada para imigrantes indocumentados nas principais cidades. Essa operação teria implicado a prisão de até 10 mil imigrantes, e não “milhões”.

Alguns na administração de Trump acreditam que demonstrações decisivas de força – como prisões em massa – podem servir como impedimentos eficazes, enviando uma mensagem para aqueles que consideram fazer a viagem ilegal aos EUA que não vale a pena o esforço.

Uma alta autoridade mexicana disse na segunda-feira que, há três semanas, cerca de 4.200 migrantes chegavam diariamente à fronteira dos EUA e que o número caiu para cerca de 2.600. Também na segunda-feira, o governo dos EUA anunciou oficialmente que cortaria milhões de dólares em ajuda externa à América Central, alertando os governos da região que a assistência só será retomada quando eles fizerem mais para impedir que seus cidadãos migrem. (Com informações da CBS News)

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