Ex-vereador José Iderlan fala da falta de assistência da condutora que atropelou a esposa dele e mais sete pessoas

Marlete Fidelis, na cama, contou que vai ter de voltar ao hospital; no colo da tia, a pequena Selena, que por um milagre conseguiu sobreviver ao acidente. Fotos: Angélica Lauriano

Uma das oito vítimas do violento acidente que aconteceu na última terça-feira, 21, na rua Esperança, no bairro Nova Vila Bretas, continua internada no Hospital da Unimed e seu quadro é estável. Olinda Toledo, esposa do ex-vereador José Iderlan, deu entrada no hospital em estado gravíssimo. Ela e mais sete pessoas foram atropeladas na calçada por um carro desgovernado.

Iderlan disse ontem ao DIÁRIO DO RIO DOCE que está inconformado com a falta de assistência à sua esposa e às demais vítimas por parte da motorista que causou o acidente. “Ainda estou abalado e inconformado com a frieza da condutora. Ela, assim como a família, não teve coragem de procurar as vítimas, nem para saber como elas estão. Minha esposa está em estado grave, minha filha Selena tem só seis meses e ainda mama no peito. Não está sendo fácil para nenhum de nós, sem contar meus outros dois filhos pequenos. A Olinda, além de precisar de cirurgia para restauração do fígado, agora está com os rins quase sem funcionar. No dia do acidente não fizeram nem o teste do etilômetro na condutora. Não tem como saber agora como ela perdeu o controle do veículo. A única coisa que queremos é justiça, e que as pessoas continuem em oração pela Olinda”, pediu.

A reportagem do DRD voltou ao local do acidente ontem e procurou informações sobre o estado de saúde das demais vítimas. Marlete Fidelis, que estava com Selena no colo na hora do acidente, foi atendida no Hospital Municipal e liberada. Ela continua sentindo muitas dores, com hematomas pelo corpo. “Não consigo me mexer, sinto muitas dores e até hoje essa mulher não veio aqui em casa saber se estou precisando de alguma coisa. Não estamos à procura de dinheiro, mas é desumano o que ela está fazendo com todas as vítimas. Vou voltar ao hospital, não estou bem. Ainda tem algo errado comigo”, relatou.

Késia Sudário, que também estava internada, recebeu alta na noite de quinta-feira, 23, mas vai ter de voltar ao hospital, segundo sua mãe, Elizabete Sudário. “Késia foi liberada, mas está sentindo muitas dores no pescoço. Ela não está bem, então, vou voltar com ela para o hospital. Estou muito preocupada com seu estado de saúde.”

O DIÁRIO DO RIO DOCE foi à casa da condutora do veículo que causou o acidente, mas ela não atendeu. Sobre a reclamação de José Iderlan, em relação à falta do teste do bafômetro no momento da ocorrência, a Polícia Militar enviou nota à redação explicando que “o etilômetro é utilizado em ocorrências envolvendo acidente de trânsito quando são detectadas características de embriaguez, como olhos vermelhos, fala desconexa, andar cambaleante, hálito etílico, entre outros. Tais sinais não foram detectados na condutora do veículo, motivo pelo qual o etilômetro não foi utilizado”. Já a Polícia Civil informou que o caso vai ser investigado.

O acidente

O acidente aconteceu na última terça-feira. A condutora do Honda Civic, Rosângela Ramos Crespo, 59 anos, residente na rua Esperança, no bairro Nova Vila Bretas, perdeu o controle do carro, subiu na calçada e atropelou o grupo que estava conversando na porta de uma casa. Antes, porém, o veículo passou por cima de uma lixeira e de uma moto que estava estacionada na rua. Por um milagre, uma menina de seis meses não sofreu ferimentos. Ela é filha de Olinda Toledo e no momento do acidente estava no colo de Marlete Fidelis. Com o impacto da batida, ela foi lançada dos braços de Marlete, mas foi apanhada no ar por um outro morador, que também ficou ferido.

por Angélica Lauriano | angelica.lauriano@drd.com.br

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