Empresários de construção e políticos se reúnem em apoio a investimentos no setor

Empresários do mercado imobiliário e da construção civil se reuniram ontem (30) em Alpercata com lideranças políticas da região para discutir políticas habitacionais e a retomada de investimentos no setor. As reivindicações da categoria foram direcionadas principalmente ao senador Carlos Viana (PSD), para que as demandas sejam levadas ao governo federal. O encontro foi uma iniciativa da Associação em Defesa do Mercado Imobiliário (Ademi).

Em seu pronunciamento aos empresários da construção civil, o senador Carlos Viana destacou o déficit habitacional que existe no país. “Hoje, no Brasil, perto de 35 milhões de famílias vivem em lares com situação precária, e 15 milhões vivem em completa condição de pobreza e de miséria. Estamos falando de 60 milhões de pessoas. O país tem a necessidade e o desafio do trabalho da construção civil. Toda vez que o setor recebe apoio, a economia começa a dar resultados, porque temos uma carência enorme no Brasil que precisa ser preenchida”, afirmou Viana.

Para o prefeito de Governador Valadares, André Merlo (PSDB), é preciso que o governo federal garanta a continuidade das políticas públicas de habitação. “Parabenizamos a Ademi por providenciar esse evento muito importante para Valadares e nossa região. Em Valadares, é a construção civil é a que mais gera empregos imediatos. Nosso PIB vem mais do comércio e da prestação de serviços, mas o que aumenta o número imediato de empregos é a construção civil. O Brasil vinha há 60 meses com queda no setor, e neste mês o setor cresceu 1,9% no país. Em Valadares a gente tem dado toda a atenção aos construtores e às empresas, inclusive mexendo no código de obras e na lei de uso e ocupação do solo. A gente quer melhorar para quem quer empreender em Valadares. Aquecer o setor é importante para a geração de empregos na nossa cidade”, disse Merlo.

O presidente da Ademi, Luiz Cláudio Teixeira, sustentou que as regras elaboradas pelo poder público precisam garantir a segurança jurídica dos empreendimentos. “A principal queixa do pequeno construtor, além do contingenciamento de recursos junto aos órgãos financiadores, é a insegurança jurídica. O pequeno construtor, em sua grande maioria, trabalha com recursos próprios e não depende, pelo menos a priori, de recursos de instituições financeiras para desenvolver seus projetos. O que precisamos é que, ao final de todo o processo de construção e legalização de imóveis, os recursos estejam disponíveis para financiá-los. E isso, infelizmente e sistematicamente, não está acontecendo. Ou seja, não temos a previsibilidade”, lamentou o presidente da Ademi.

Recuperação do setor

A deputada Celise Laviola (MDB) considera a união entre poder público e construtores como um passo importante para a recuperação do setor. “Estamos juntando empreendedores com políticos que podem ajudar a solucionar a questão. Nossa região é muito centrada na agropecuária e no comércio. O comércio imobiliário é de fundamental importância na região. Nossa economia precisa de muitos empreendimentos para melhorar e ampliar esse setor, porque o comércio ainda é gerador de renda na nossa região. Precisamos da retomada de obras que incentivem nosso comércio”, declarou Celise.

O deputado federal Euclydes Pettersen (PSC) destacou que a construção civil movimenta toda uma cadeia produtiva que precisa ser estimulada para promover a recuperação econômica do país. “Não tem setor como a construção civil para fazer reagir nossa economia, porque gera empregos. Levanta a economia de forma considerável. Mas temos que reogarnizar nossa economia para reinjetar os recursos que deem oportunidade para novos construtores venderem casas financiadas. Estamos passando por uma série de reformas que devem dar previsibilidade de investimentos, principalmente nessa área”, considerou Euclydes.

Para o deputado federal Eros Biondini (PROS), existe uma expectativa de que o crescimento na construção civil se reflita em toda a economia nacional. “Esse é um setor dos mais importantes para a geração de emprego e renda, para a movimentação da economia. Por isso mesmo é fundamental a união de forças dos representantes do povo, como deputados, senadores e vereadores. Tenho acompanhado a construção civil e o setor imobiliário em suas demandas em Brasília e também junto ao governo estadual. É um momento crítico e ao mesmo tempo de expectativa de que se aqueça esse setor para alavancar a economia do país, do estado e aqui da região, onde há um potencial muito grande”, avaliou Biondini.

O prefeito de Coroaci, Emerson Andrade (PDT), espera que a recuperação do setor alcance também os municípios de pequeno porte da região: “É muito importante reunir as autoridades nesse momento difícil do país e do nosso estado, pois eles têm o poder de decidir lá em cima como resgatar a construção civil, uma área que emprega muito e gera muito recurso. É um momento que precisa acontecer com mais frequência para alavancar a economia da nossa região. Coroaci é uma cidade de pequeno porte, mas o setor cresce com muitas construções. Tem gente que emigra para os Estados Unidos e acaba mandando os recursos pra fazer essas obras”. Também estiveram presentes o prefeito de Alpercata, Valmir Faria da Silva (PSD), vereadores de Governador Valadares e representantes de outros deputados.

por THIAGO FERREIRA COELHO | thiago@drd.com.br

 

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