Em Aberto, série com referência policial para investigações ainda não encerradas

Série mostra o drama das famílias e a esperança de pistas de pessoas desaparecidas no interior de Minas

O jornalismo da TV Leste e da Record TV Minas exibe, em conjunto, uma série de reportagens especiais sobre casos de crimes que ainda não foram solucionados pela Polícia Civil. A série recebeu o nome de “Em Aberto”, uma referência policial para investigações que não foram encerradas. As reportagens foram produzidas pelo jornalista Aguiar Júnior, que contou com as participações dos repórteres cinematográficos José Honorato e Victor Couy.

A ideia surgiu depois que duas mães de Governador Valadares pediram ajuda e disseram que buscam informações sobre os filhos há mais de um ano. Os dois eram envolvidos com o tráfico de drogas e sumiram pouco depois de sair de casa. Os jovens, que tinham 15 e 17 anos quando desapareceram, podem ter sido mortos por integrantes de gangues rivais, mas para as mães, que nunca os apoiaram no mundo do crime, eram filhos. Elas dizem que não esperam justiça e nem prisão de ninguém, querem apenas saber onde os corpos estão, se eles estiverem mortos, e enterrar os restos mortais num cemitério.

Outras duas reportagens foram produzidas em Teófilo Otoni. A primeira é assustadora. Há 3 anos um homem procura a filha que tinha 17 anos de idade quando desapareceu. Júlia foi convidada por uma amiga para participar de um churrasco, mas não sabia onde era e nem quem eram os convidados. Ao chegar ao local, Júlia descobriu que era um encontro entre traficantes de Teófilo Otoni. A adolescente teria tentado voltar para casa, mas foi impedida pelos criminosos. Depois disso, ninguém soube do paradeiro de Júlia nem da amiga. Três pessoas estão presas, mas os corpos não foram encontrados e seu Antônio não desiste de encontrar a filha.

A quarta reportagem especial, que também foi produzida em Teófilo Otoni, é sobre um adolescente de 15 anos que queria apenas conversar com alguns amigos perto da casa da tia, quando foi baleado quatro vezes. O menino ainda tentou correr, quando traficantes surgiram em duas motos e dispararam mais de 10 tiros.

O crime foi há quase dois meses e a mãe de Thauan reclama que até hoje não conseguiu informações com a Polícia Civil e nem foi procurada pelas autoridades, mesmo a polícia tendo imagens de câmeras de monitoramento e sabendo quem são os envolvidos no crime.

A quinta reportagem é um caso de feminicídio e foi produzida na cidade de Lajinha, na divisa com o estado de Minas Gerais e Espírito Santo. Michele foi morta pelo ex-marido dentro de casa, na frente dos filhos de 9 e 11 anos de idade. O crime foi em agosto do ano passado e até hoje Anderson, o ex-companheiro, não foi preso, e ainda faz ameaças à família de Michele.

A série também aborda o impacto da violência na vida das famílias, sob a ótica de especialistas nas áreas de psicologia e neurociência. No aspecto jurídico, um juiz da vara criminal esclarece o que acontece com os crimes que não tiveram solução. A contribuição social da série está na esperança de alcançar pistas que levem ao encontro das pessoas e diminua o índice de casos em Minas, que já ultrapassa 7 mil desaparecidos.

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