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Comando do 6º BBM diz que só falará sobre ação em Barão de Cocais na segunda-feira

A imprensa da Capital afirma que a corporação está de prontidão, mas o comando local não se manifestou sobre o assunto.FOTO: Arquivo DRD

O comando do 6º Batalhão de Bombeiros Militar (6º BBM), sediado em Governador Valadares, não se pronunciou ontem sobre a participação numa possível intervenção de emergência, caso aconteça o rompimento da barragem da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, de propriedade da Vale. A própria Vale admite que o rompimento pode ocorrer a qualquer momento e, se isso acontecer, os bombeiros do 6º BBM é que terão que prestar os atendimentos quanto ao salvamento de possíveis vítimas e no controle da situação emergencial.

O DIÁRIO DO RIO DOCE fez contato com o comando na tarde de ontem, mas a informação é de que todos estavam reunidos e que somente falariam com a imprensa, por agendamento, na próxima segunda-feira, 20. A imprensa estadual noticiou ontem que os bombeiros de Governador Valadares foram orientados a manter equipamentos nos alojamentos e vestiários para uma saída rápida para Barão de Cocais.

Com o objetivo de garantir o direito de acesso a informações às pessoas que possam ser atingidas por eventual ruptura da Barragem Sul Superior da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) expediu, na quinta-feira, 16, recomendação à mineradora Vale, para que a empresa adote imediatamente uma série de medidas, para deixar claro à população local os riscos a que ela está sujeita.

No documento, o MPMG solicita que a Vale, por meio de carros de som, jornais e rádios, dê informações claras, completas e verídicas sobre a atual condição estrutural da Barragem Sul Superior, possíveis riscos, potenciais danos e impactos de eventual rompimento às pessoas e comunidades residentes ou que estejam transitoriamente em toda a área passível de inundação.

Além disso, a recomendação é para que a empresa forneça imediatamente às pessoas eventualmente atingidas total apoio logístico, psicológico, médico, bem como insumos, alimentação, medicação, transporte e tudo que for necessário, mantendo posto de atendimento 24 horas nas proximidades dos centros das cidades de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo. Esses locais deverão contar com equipe multidisciplinar preparada para acolhimento, atendimento e atuação rápida e pronta a serviço dos cidadãos. A adoção das medidas pela Vale deverá observar também eventuais recomendações feitas pela Defesa Civil Estadual e Defesas Civis dos municípios potencialmente atingidos.

Riscos iminentes

Conforme informado pela empresa Vale S/A ao MPMG e outros órgão de Estado, foi verificada uma deformação no talude norte da Cava de Gongo Soco, na Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, passível de provocar a sua ruptura, gerando vibração capaz de ocasionar a liquefação da Barragem Sul Superior, levando ao rompimento da estrutura e, por conseguinte, danos sociais e humanos imensuráveis para a região.

Documento obtido pelo MPMG, produzido pela própria Vale, estima que, permanecendo a velocidade de aceleração de movimentação do talude norte da Cava da Mina de Gongo Soco, sua ruptura poderá ocorrer no período de 19 a 25 de maio.

Embarque de trem na Vitória a Minas foi alterado desde quinta-feira, 16

O embarque de passageiros no trem que circula na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) foi alterado na quinta-feira, 16, por tempo indeterminado. Da estação de Belo Horizonte os passageiros embarcam em ônibus alugados pela Vale e são conduzidos até a Estação Dois Irmãos, em Barão de Cocais, de onde seguem a viagem de trem. No sentido contrário (Vitória-Belo Horizonte), os passageiros desembarcam do trem na Estação Dois Irmãos e seguem por meio rodoviário até o destino final.

A alteração é uma medida preventiva, porque o trem circula nas imediações da cava da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), onde foram identificadas recentemente movimentações no talude Norte. A medida, que segue orientação da Agência Nacional de Mineração (ANM) e busca preservar a segurança das pessoas, ficará em vigor até que a Vale realize análises de risco mais aprofundadas. A cava e a barragem são monitoradas 24h por dia.

Diante das alterações, é possível que haja atraso na viagem. Quem preferir pode pedir o reembolso do valor investido na compra da passagem. Para isso, é preciso se dirigir, no prazo de até 30 dias, a qualquer uma das estações localizadas ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Mais informações podem ser solicitadas por meio do Alô Ferrovias 0800 285 7000.

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