CDL faz balanço positivo do comércio na cidade no mês de dezembro mesmo com a crise

Dezembro está acabando e com ele as expectativas de vendas no mês mais aguardado do ano. Porém, a CDL de Valadares faz um balanço positivo do mês. Mesmo com a crise que atingiu o Brasil como um todo e, principalmente, o estado de Minas Gerais pela falta de repasse do governo às prefeituras, a CDL acredita que as vendas superaram a expectativa de alguns lojistas. Diante da crise, o comércio de Valadares conseguiu vender e empregar no mês de dezembro. Ficando na 44ª posição entre as 110 cidades de Minas Gerais com mais de 30 mil habitantes que mais geraram empregos. Só em novembro foram 1.463 contratações e 1.317 demissões, fechando com saldo de 146 postos de trabalho. A CDL ressalta que a quantidade de ambulantes que apareceram nas ruas de Valadares neste mês podem ter atrapalhado um pouco as vendas. 

Para o presidente, Rogers de Marco, os comerciantes foram à luta e buscaram alternativas para driblar a crise, mas ele acredita que o comércio informal também atrapalhou as vendas na cidade. “Fizemos uma pesquisa para saber a evolução das vendas de Natal 2017/2018, para ver se as vendas foram  positivas ou negativas — esse foi o primeiro ponto da nossa pesquisa junto aos lojistas; o segundo: qual é o impacto que tem o comércio informal, os camelôs, ambulantes em relação às vendas dos lojistas, porque entendemos que os ambulantes têm um impacto significativo, até porque o custo deles é muito baixo, porque não têm que pagar imposto, não geram empregos, tem uma série de informalidades, não emitem notas,  não pagam seus impostos e geram um custo que é infinitamente mais baixo.

O presidente ressalta que com a injeção parcial de dinheiro no mercado pelo Executivo, as vendas foram satisfatórias. “Com essa questão de pouco dinheiro no mercado, com esses impactos que aconteceram no governo estadual e que foram minimizados no governo municipal, mesmo que parcial, mas ajudou com uma injeção de dinheiro na semana do Natal, foi importante; claro que não foi o ideal. Percebemos que os consumidores optaram por presentes mais baratos. Em detrimento disso procuraram o comércio ambulante, que trouxe um impacto significativo para o lojista”, observou Rogers.

A gerente de uma loja de calçados, Oraida Pereira da Silva, explica que com a crise que o país vem enfrentando, ela buscou alternativas para que as vendas não caíssem no mês de dezembro. “Sabíamos que o ano seria diferente, então, fizemos um trabalho voltado para o planejamento. Planejamos tudo. Apostamos em produtos mais acessíveis para os consumidores. Fizemos promoções e parcelamos em mais vezes. Todas essas estratégias foram positivas para a loja e conseguimos fechar com saldo positivo nas vendas. Sei que nem todos os lojistas tiveram a mesma sorte, mas a dica é buscar alternativas”.

Na oportunidade, Rogers de Marco fala da importância de se ter uma fiscalização em relação ao comércio ambulante, que aumentou no período do Natal, segundo pesquisa feita com os lojistas. “Há uma necessidade de buscar um local adequado para os vendedores ambulantes. Sabemos que o Executivo está trabalhando nisso, mas isso vem se arrastando há anos. Esse é um desafio do Executivo, da CDL e do comércio”.

O presidente finaliza o balanço explicando que a Black Friday pode ter antecipado as vendas de Natal. “Na pesquisa que fizemos com os lojistas alguns explicaram que a Black Friday antecipou as compras de Natal por ser bem próxima da data, talvez tenhamos que repensar uma alternativa para o próximo ano, mas acreditamos que 2019 será um ano de crescimento, com muitas mudanças para a população em geral”. 

Balanço CDL-GV 2018

O ano de 2018 foi de muita luta, mas também de muitas conquistas para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Governador Valadares. Foram várias as ações empreendidas e causas apoiadas, como a derrubada de leis que trariam prejuízos ao comércio, a união das entidades que se fortaleceram — como a parceria com a Unimed —, a inauguração dos projetos “CDL em Ação” (levando a prestação de serviços da CDL para as ruas) e “CDL Mulher” que, com cinco edições, reuniu em seus encontros diversas mulheres com perfil empreendedor de vários setores da sociedade, por meio de encontros temáticos.

Outra novidade em 2018 foram as atividades direcionadas especialmente aos donos de bares e restaurantes, além de uma aproximação maior com o Governo Municipal, favorecendo os interesses da população em geral. Entre os eventos que mais movimentaram os bastidores da CDL-GV, e promoveram grande interação com o público em 2018, destacam-se: Ações sociais; Palestras com convidados de outras cidades; Brincando na Praça; Outubro Rosa; CDL em Ação (4 edições); Café e Negócios (11 edições); CDL Mulher (5 edições); Cursos e Treinamentos internos.

“Queremos continuar mantendo um diálogo com o Poder Público, tanto com a Prefeitura quanto com a Câmara Municipal, porque é onde nascem projetos que podem ajudar ou não no desenvolvimento econômico ou onerar as empresas, prejudicando, inclusive, na geração de empregos”, ressaltou.

Geração de emprego

No mês de novembro, Governador Valadares ficou na quadragésima quarta (44ª) posição entre as 110 cidades de Minas Gerais com mais de 30 mil habitantes que mais geraram empregos. Só em novembro foram 1.463 contratações e 1.317 demissões, fechando com saldo de 146 postos de trabalho.

Em Valadares, o setor do Comércio e o setor de Serviços fecharam o mês com saldo positivo. O setor da Administração Pública manteve o número de cargos. Segundo estimativa do Departamento de Estudos Econômicos da Fecomércio-MG, até o final do ano devem ser injetados na economia de Governador Valadares cerca de R$ 207,5 milhões em consequência do pagamento do 13º salário. Deste total, R$ 97.961.029 para o pagamento de dívidas; R$ 47.735.247 serão destinados ao consumo; R$ 26.980.792 para poupança; outros: R$ 34.867.485.

Segundo o Ministério do Trabalho, o Brasil teve o melhor resultado para o mês de novembro desde 2010. Segundo a FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas), a Pesquisa de Intenção de Consumo para o mês de dezembro evidenciou, pela primeira vez no ano, que o mineiro está mais propício ao consumo do que ao investimento.

A mudança de cenário acontece pela data natalina, considerada melhor época do varejo, e também pela injeção de R$ 18 bilhões na economia mineira com o pagamento do 13º salário. O valor é cerca de 9% do total injetado na economia brasileira e 5,5% maior do que a apurada no ano anterior. O setor de vestuário continuou a liderar o ranking de intenção de compra.

Vendas no Natal crescem 2,66% e têm melhor resultado desde 2014, apontam CNDL/SPC Brasil

Varejo comemora segundo ano de alta, reflexo da maior confiança dos brasileiros com a economia, que levou ao aumento do consumo. A retomada da confiança do consumidor e a expectativa de retomada da economia levaram os brasileiros a presentear mais neste Natal.

Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que as consultas para vendas a prazo nos 21 dias anteriores ao Natal (entre 4 e 24 de dezembro) – data comemorativa mais lucrativa para o varejo -, cresceram 2,66% na comparação com o mesmo período de 2017.

Este é o segundo ano consecutivo de alta. Nos últimos anos, as vendas a prazo no Natal tiveram o seguinte desempenho: +2,13% (2017), -2,29% (2016), -4,16% (2015), -8,3% (2014), +3,62 (2013) e +3,90% (2012). Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os números refletem o clima de otimismo quanto aos rumos do país. “Após um período de retração da economia, observa-se uma perspectiva positiva do cenário pós-eleições, que estimulou muitos consumidores a irem às compras neste Natal”, avalia.

De acordo com um levantamento da CNDL e do SPC Brasil, o gasto médio do brasileiro com o total de presentes de Natal foi estimado em R$ 115,9. A previsão era de que a data movimentasse cerca de R$ 53,5 bilhões na economia.

O cálculo de vendas a prazo é baseado no volume de consultas para vendas realizadas ao banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), com abrangência nacional, nas três semanas anteriores ao Natal (entre os dias 4 e 24 de dezembro de 2018), na comparação com o mesmo período do ano passado.

Angélica Lauriano  | angelica.lauriano@drd.com.br

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