Caminhoneiros tentam fazer paralisação em Valadares, mas são impedidos pela PM e PRF

A paralisação em Valadares se iniciou no Km 40 da BR-116; os caminhoneiros solicitavam a paralisação voluntária apenas de veículos de carga.Foto: Rede alerta/Alex Eler

A paralisação dos caminhoneiros em Valadares começou por volta das 6h de ontem na BR-116. A intenção da categoria é protestar contra o valor do frete mínimo e a emissão do Código Identificador da Operação de Transportes (CIOT) para todos os caminhoneiros. Mas, ao iniciarem a paralisação, eles foram impedidos pela Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar. Indignados, os caminhoneiros gravaram vídeos, que circulam nos grupos de WhatsApp, mostrando a PRF e a PM no local e a insatisfação deles com a interferência da polícia.

De acordo com o representante dos caminhoneiros autônomos de Valadares e região, Fabiano Careca, os caminhoneiros foram coagidos pela PM e a PRF a não fazerem a paralisação. “Estávamos fazendo um movimento pacífico, quando a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar chegaram de cassetete e fizeram com que os caminhoneiros dispersassem. Estamos sendo massacrados. As únicas coisas que queremos são os nossos direitos, e não podemos fazer um movimento que está previsto no artigo 5º da Constituição Federal.”

A pauta da manifestação era para que o ministro Tarcísio Freitas revogasse a resolução publicada no dia 16 com o novo piso mínimo, que tirou 45% do valor. Algumas horas depois de os caminhoneiros iniciarem a paralisação nas estradas, contra a tabela do frete mínimo, o Ministério da Infraestrutura pediu a suspensão da regra que instituiu os valores. O ofício foi encaminhado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O ministro Tarcísio Gomes de Freitas disse que o diálogo será o principal mecanismo para buscar o consenso com a categoria.

Fabiano Careca ressalta que a união dos caminhoneiros é essencial nesse momento para que consigam os objetivos da classe. “Estamos lutando pelo direito de todos, porque todos os dias somos punidos nas estradas, com os pedágios. Escuto relatos de caminhoneiros que muitas vezes não têm dinheiro para comer. O CIOT é outra pauta importante. Hoje a emissão é somente para as pequenas transportadoras. Fiquei contente em saber que muitos caminhoneiros aderiram ao movimento, mas precisamos da união de todos.”

Uma nova rodada de negociação com os representantes dos caminhoneiros já está agendada para amanhã, 24, às 15h. Porém, de acordo com Fabiano Careca, caso não consigam uma negociação, os caminhoneiros vão paralisar novamente.

PRF e PM

O DIÁRIO DO RIO DOCE entrou em contato com a assessoria da Polícia Rodoviária Federal, para saber por que os caminhoneiros foram impedidos de fazer o movimento, mas a PRF não quis se manifestar sobre o ocorrido. Já a assessoria da Polícia Militar informou que esteve no local porque foi prestar apoio solicitado pela PRF.

por Angélica Lauriano angelica.lauriano@drd.com.br

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