Caminhoneiro afirma ter sido agredido por policiais militares em Valadares

Segundo a família, as agressões sofridas por Osvaldo foram presenciadas por testemunhas

Preso por desacato na segunda-feira (11), o caminhoneiro Osvaldo Nascente de Almeida afirma que foi vítima de agressão por parte de três policiais militares. A família do caminhoneiro, de 69 anos, já manifestou interesse em acionar o Ministério Público e a corregedoria da Polícia Militar, por abuso de autoridade e agressão a idoso.

Conforme o filho de Osvaldo, Ronivaldo Silva de Almeida, que também é advogado, o caminhoneiro estava trabalhando na segunda-feira, descarregando mudança de uma cliente na rua Varginha, no bairro Santa Helena. “Uma guarnição da PM estava em diligência no local e o indagou sobre o caminhão, que estava na contramão. De forma truculenta, eles mandaram tirar o caminhão. Deram tapas, socos e pontapés. Meu pai foi autuado e preso; pagamos uma fiança de 2 mil reais para libertá-lo”, disse.

Segundo Ronivaldo, o caminhoneiro sequer teve a oportunidade de mover o veículo de lugar: “Ele estava no baú do caminhão, retirando a mudança. Na hora em que ele desceu, já começaram a bater nele”. O advogado frisa que as agressões foram presenciadas por testemunhas. “Machucaram ele bastante”, afirmou.

O que diz a PM

Em nota, a PM afirma que o fato será apurado, respeitando o direito de defesa dos militares. Caso a apuração conclua que os policiais cometeram algum crime, eles poderão ser punidos até mesmo com a exclusão dos quadros da PM.
“A Polícia Militar não coaduna com esse tipo de comportamento e o fato será apurado. Caso seja comprovado, os militares responderão pelo crime e também administrativamente, podendo sofrer punições que podem ser uma advertência, ou até exclusão, dependendo da gravidade dos fatos. Mas lembramos que todos terão direito a ampla defesa e contraditório, garantidos pela nossa Constituição em vigor”, diz a nota encaminhada pela assessoria de comunicação da 8ª Região de Polícia Militar.

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