Ocorreram quase 40 mil prisões na fronteira sul em setembro, sendo o mês mais baixo deste ano fiscal
As prisões efetuadas pela Patrulha de Fronteira (CBP) na divisa entre os EUA e o México continuaram a cair em setembro, indicando um declínio constante desde a alta no início desta primavera. Na ocasião, membros do governo Trump lutaram para conter o fluxo de imigrantes que tentavam entrar clandestinamente nos EUA.
Ocorreram quase 40 mil prisões na fronteira sul em setembro, sendo o mês mais baixo deste ano fiscal, segundo uma fonte familiarizada com os dados. Em contraste, houve quase 133 mil apreensões em maio. O número de prisões ao longo da fronteira sul dos EUA foi mais alto no ano fiscal de 2019 do que em qualquer ano fiscal desde 2007, com pouco mais de 850 mil detenções, segundo dados da CBP.
As prisões visam combater as travessias clandestinas e são particularmente importantes para o presidente Donald Trump, que as vê como um “termômetro” da situação ao longo da fronteira sul, segundo autoridades do governo.
Houve um aumento significativo nas travessias clandestinas em 2019, sendo a maior parte oriunda da Guatemala, Honduras e El Salvador rumo aos EUA. O aumento provocou superlotação severa nos centros de detenção da CBP, levando a aprovação de várias medidas administrativas destinadas a reduzir o fluxo de imigrantes.
“Até o final do ano fiscal, veremos mais que o triplo do recorde de famílias chegando à fronteira, além de mais de 500 mil e o número recorde de menores não acompanhados”, disse Kevin McAleenan, secretário interino do Departamento de Segurança Interna (DHS), na segunda-feira (7).
As reações do governo ao aumento incluíram a política de devolver migrantes ao México, ameaçando o país vizinho com tarifas fiscais, montar barracas para instalar tribunais temporários ao longo da fronteira sul e desviar bilhões de dólares destinados a projetos militares de construção para construir um muro ao longo de toda a fronteira dos EUA com o México. Os membros do governo atual creditam essas iniciativas políticas ao declínio, mas pediram repetidamente soluções legislativas mais permanentes.
As chegadas diárias de pessoas à fronteira caíram 65% em relação ao pico de maio, disse McAleenan. Historicamente, as detenções na fronteira tendem a aumentar na primavera e cair no outono e inverno. No entanto, nos últimos anos, ocorreram fluxos que não se enquadravam em um padrão sazonal. O CBP informou que não comenta números não oficiais.