Brasileiro morto na construção foi condenado por falsificação de dinheiro

Joister Pacheco, que morreu no desabamento do celeiro, admitiu, em 2008, ter ajudado a distribuir US$ 36.800 em notas falsas.FOTOS: Divulgação

Em 2009, Joister Pacheco Ataíde admitiu portar e distribuir US$ 36.800 em notas de US$ 100 falsas, antes de ser deportado dos EUA

Na manhã de quinta-feira, 25, o operário da construção civil Joister Pacheco Ataíde, de 38 anos, natural de Ipatinga (MG), morador de Danbury (CT), morreu depois que um celeiro centenário desmoronou e caiu sobre ele. O trágico acidente ocorreu na cidade litorânea de Bethany (CT). A morte trágica e precoce do brasileiro abalou a comunidade na região.

Antecedente criminal

Joister morava nos EUA havia aproximadamente três anos, mas já tinha vivido no país anteriormente, até ser deportado, em 2009, depois de ter assumido a culpa com relação à falsificação de dinheiro. Segundo o portal online News Times, em fevereiro de 2009 ele admitiu portar e distribuir dinheiro falso, durante audiência na Corte Federal de Hartford.

De acordo com o jornal News Times, de Danbury, Ataíde foi preso em 5 de novembro de 2008, na época com 27 anos, depois que a polícia em Roanoke Rapids (NC) encontrou mais de US$ 28 mil em notas falsas de US$ 100 num veículo em que ele era passageiro, durante uma parada de trânsito. Joister e Epaminondas José Soares seguiam para a Flórida, oriundos de Connecticut, quando foram parados no trânsito e detidos.

Ao assumir a culpa, Joister admitiu que, entre 18 de outubro e 5 de novembro de 2008, ele portou, ajudou ou distribuiu US$ 36.800 em notas falsas, detalhou na ocasião Tom Carson, porta-voz da Promotoria Pública Federal. Ataíde e Soares foram filmados por câmeras de segurança entrando em várias lojas e comprando mercadorias com o dinheiro falso. Epaminondas assumiu a culpa em 22 de janeiro. Ele admitiu ter adquirido dinheiro falso e usado para comprar artigos esportivos e outras mercadorias. O réu detalhou que, posteriormente, devolvia as mercadorias às lojas e as trocava por dinheiro verdadeiro.

A juíza Vanessa L. Bryant sentenciou Ataíde em 23 de abril de 2009. Na ocasião, ele poderia ser condenado a 20 anos de prisão e multa de US$ 250 mil. Eles foram deportados ao Brasil nesse mesmo ano. Não foi determinado como Joister retornou aos EUA.

Retorno aos EUA e falecimento

Segundo a Polícia Estadual de Connecticut, no dia do acidente, aproximadamente às 8h40 da manhã, um policial fazia a segurança na reforma do celeiro, localizado na estrada Litchfield Turnpike, quando, de repente, ouviu um estrondo. Um trabalhador gritava pedindo ajuda para retirar um homem do meio dos escombros do celeiro que desabou. O brasileiro não resistiu à gravidade dos ferimentos, indo a óbito.

O socorro chegou momentos depois com uma ambulância e os bombeiros, mas Ataíde já estava morto. A Polícia Estadual confirmou que ele era um dos diversos trabalhadores subcontratados para fazer a reforma no celeiro.

O celeiro que desabou foi construído entre 1900 e 1901. A reforma no local começou em janeiro deste ano e visava fortalecer a estrutura da construção. A imprensa local confirmou que o dono da propriedade tinha documentos do prédio em dia.

Joister Pacheco deixa a esposa, Lilian Fernandes Silva Pacheco Ataíde, e dois filhos adolescentes, de 11 e 16 anos.

Velório

Conforme o website Legacy.com, o funeral de Joister Pacheco Ataíde ocorreu na terça-feira (30), das 5h às 8h, na Danbury Memorial Funeral Home & Cremation Services. O corpo foi trasladado ao Brasil, para sepultamento em Ipatinga (MG), que ocorreu no último sábado, 4. (Fonte Jornal Brazilianvoice, Newark/NJ/USA)

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