ACEGV e Prefeitura trabalham num pacote de desenvolvimento

Para o presidente da ACEGV, a ampliação do Distrito se tornou uma tarefa difícil depois que surgiu o loteamento na área que tinha essa finalidade. Foto: Arquivo DRD

“O Distrito Industrial (DI) atual está estrangulado, porque não tem área para expansão para ofertar e atrair novas indústrias. Em administrações passadas, foi construído um bairro com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida onde era para ser a expansão do distrito e trouxe os problemas que enfrentamos hoje. Estamos em busca de uma nova área para um novo Distrito Industrial, uma tarefa que não e fácil, porque teremos que fazer toda a infraestrutura que já está pronta lá em outro local, o que dificulta, porque encarece o projeto”, explica Jackson Lemos, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Governador Valadares (ACEGV).

Mas o projeto é bem maior, porque a busca não é apenas por um Distrito novo. A Prefeitura Municipal está trabalhando para lançar um grande pacote de desenvolvimento, para gerar emprego e renda para a cidade, de forma sustentável, e a ACEGV é parceira nesse trabalho, que vem sendo pensado há quase dois anos. Esse pacote engloba: municipalização do Distrito Industrial, incentivos que estão em estudo e sendo buscados pela Secretaria Municipal da Fazenda, a viabilização da Sudene (em tramitação no Senado, após ser aprovada na Câmara Federal em 2018), a VLI em parceria com a Vale, para ampliar as possibilidades logísticas com facilidade e o novo Distrito Industrial.

“Estamos olhando para o desenvolvimento com ações de médio e longo prazos, que vão garantir resultados sustentáveis. Teremos um pacote incentivador para atrair novas indústrias e permitir que as atuais, que já estão instaladas no distrito e pela cidade, possam expandir seus negócios. Estamos pensando em quem chega, mas também em quem já está aqui”, explica Lemos.

A Prefeitura e a ACEGV estão buscando soluções para que o novo Distrito Industrial não seja um bolsão imobiliário e sim um pacote atrativo para novos investimentos, e por isso a busca de soluções e projetos que já deram certo pelo país com esse viés.

Seguindo essa linha de trabalho e pensamento, o presidente da ACEGV, Jackson Lemos, convidou o prefeito André Merlo para uma visita a Teixeira de Freitas no início de agosto, para conhecer o modelo de Distrito Industrial que foi implantado lá, com essa ideia de desenvolvimento sustentável e atrativos, nos mesmos moldes que querem fazer aqui. “Fomos recebidos pelas autoridades políticas e empresariais que nos mostraram e nos cederam o projeto para fazermos as adaptações necessárias em Valadares”, afirma Lemos.

Em Teixeira de Freitas foi lançado inicialmente um polo industrial e logístico e 34 empresas aderiram. Ao final, deve gerar quase 2500 empregos. Esse projeto já está em fase de expansão, porque outras 100 já querem investir. “Para viabilizar o polo industrial em Teixeira de Freitas, a empresa entra com o investimento mínimo para ajudar na infraestrutura do distrito e, assim, buscar o desenvolvimento e gerar emprego e renda, sendo sustentável por um tempo na cidade. Claro que a empresa só se dispõe ao investimento porque há um pacote de benefícios”, ressalta o presidente da ACEGV.

O projeto desse pacote em Valadares está sendo construído a quatro mãos: Prefeitura e ACEGV. “A nossa ideia inicial é que tendo o pacote de benefícios pronto e o local definido para o novo distrito, a empresa se apresenta com uma proposta e um plano de negócio para que sejam avaliados por um comitê, que será indicado pela Prefeitura e com os critérios definidos. Será avaliado se a empresa se enquadra nos requisitos para participar do polo e receber os incentivos, fazendo sua contrapartida como investimento necessário”, explica Lemos, otimista de que Valadares vai se desenvolver de forma sustentável, com novas oportunidades para quem está aqui e para quem chega.

 

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